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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Para Zé Dirceu, candidatura de Eduardo “interessa à direita”


Foto: Igo Bione/JC ImagemPara o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu (PT), o apoio que o governador Eduardo Campos (PSB) tem recebido de parte da “direita brasileira” faz parte de um jogo político para acabar com o governo petista. Segundo ele, a “criação” de opções para o eleitorado interessa à direita e tem como principal objetivo tirar votos do Partido dos Trabalhadores. As declarações foram feitas na terça-feira (16), durante encontro com lideranças do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), na Fazenda Normandia, em Caruaru.
Eles (as elites) não conseguiram nos derrotar em três eleições. Agora, estão pretendendo fazer um jogo com quatro candidatos. Procuram criar uma (nova) opção para o eleitorado para nos tirar votos”, disparou José Dirceu para uma plateia formada por cerca de 50 pessoas. Ele acrescentou, entretanto, que a candidatura do socialista não depende das elites, mas do próprio Eduardo Campos, e disse ser legítimo que o governador planeje entrar na disputa.


Apesar de ter afirmado em entrevistas que ainda acredita na união da atual base dos partidos que dão apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), José Dirceu disse que já considera Eduardo como candidato à Presidência da República. “A minha avaliação é de que ele é candidato. Está criando as condições para ser candidato”, afirmou.
Para o ex-ministro, as forças políticas que considera de “direita” vão levar em conta a candidatura do governador de Pernambuco nas eleições presidenciais do próximo ano. Já pensando numa possível disputa com o socialista, José Dirceu destacou que o PT vai construir um palanque forte em Pernambuco. Apesar do entusiasmo, o líder petista acrescentou que as eleições do próximo ano não serão fáceis. “Vai ser uma guerra contra nós”, enfatizou.
Mensalão
Além de comentar a possível candidatura do governador pernambucano, José Dirceu usou a palestra para criticar o Poder Judiciário, que, no processo do Mensalão, o condenou a dez anos de prisão. Para ele, o julgamento foi “político”.
“Tenho o sentimento de indignação e de revolta. O julgamento ganhou um caráter político, realizado num período eleitoral. Vamos recorrer ao Tribunal Penal Internacional e vamos pedir a revisão pelo erro jurídico grave. Aguardo justiça, e não um julgamento político”. Também não faltaram críticas à imprensa, que segundo o petista está sendo manipulada para tirar o PT do poder. “Como disse Aécio Neves (senador e presidenciável do PSDB), estão querendo dar férias ao PT”, afirmou. (Fonte: JC Online)