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quinta-feira, 25 de abril de 2013

Petrolina terá Missa do Vaqueiro e Jecana


imagemO radialista Carlos Augusto anunciou nesta quinta-feira, 25, a parceria com a Prefeitura de Petrolina para realização da 72º Missa do Vaqueiro e a Corrida de Jumentos, Jecana Nacional do Capim. O Prefeito Julio Lossio solicitou uma programação que mantenha a tradição e a fé dos eventos com a promoção também do Forró da Espora.
A tradição, fé e coragem dos sertanejos são retratadas na missa às margens do Rio São Francisco que é realizada desde 1941, em pagamento a uma promessa pela recuperação da saúde de um vaqueiro.
Durante o ritual da Missa, o Padre adapta o linguajar dos sertanejos e ali há momentos de muita emoção quando o ofertório dos vaqueiros, paramentados, montados em seus cavalos, aproximam-se do altar e depositam peças de suas indumentárias e instrumentos utilizados no trabalho do dia a dia.


Na comunhão, tampioca, cuscuz, rapadura, queijo, substituem a hóstia e o vinho. A presença de Jesus Cristo está nas marcas dos vaqueiros nordestinos que sofrem com mais uma seca e mostram novamente que são antes de tudo fortes, na definição do escritor Euclides da Cunha.
A musicalidade da Missa do Vaqueiro encanta e diz o quanto é válido participar do evento. O aboio, toada cantada com versos improvisados dentro de uma determinada melodia ecoa nas margens do rio São Francisco. Aboio para muitos que vivem no sertão é um canto mágico, espiritual que envolve homem e gado e só mesmo quem vive nesta lida tem profundo conhecimento e sensibilidade do fato.
Ouvi a história e reproduzo aqui: contaram-me que quando o gado passa diante do mourão onde se matou uma rês, ou onde está esticado um couro, é comum o boi bater as patas dianteiras no chão e chorar de sentimento pelo irmão morto. Ele derrama lágrimas e dá mugidos em tons graves e agudos.
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