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terça-feira, 21 de maio de 2013

Integrantes do grupo de extermínio Thundercats terão segundo julgamento nesta terça


Réus respondem por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha


Oito dos 12 integrantes do grupo de extermínio Thundercats, que agia na Região Metropolitana do Recife (RMR), serão julgados nesta terça-feira (21), a partir das 9h, no Fórum Thomás de Aquino. Este é o segundo julgamento do grupo que começou a ser desbaratado em abril de 2007. O júri diz respeito aos assassinatos de Luciana Barros da Silva (morta em 23 de março de 2007, depois de denunciar a quadrilha) e Tiago Corte Real Sales (em 26 de julho de 2006). O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) será representado pelo promotor de Justiça José Edivaldo da Silva.
Serão julgados os réus José Marcionilo da Silva (conhecido como Tiago), Humberto Dias da Silva (Beto), Anderson Leonardo Nunes Cunegundes (Salsicha), Gerlando Feliciano da Silva (Ninho), Everaldo Lima de Souza (Mago), Anderson de Oliveira Mendonça (Bochecha), José Jairo de Moura C avalcanti e Aluisio Sandro de Lima (Sandro).
José Marcionilo, conhecido como “Tiago”, é considerado o chefe do bando, baseado no bairro de Jardim São Paulo, e acusado de comandar as atividades relacionadas a extermínio, tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro, assaltos, assassinatos e extorsão dos moradores do bairro, impondo a essa população o pagamento de taxas, sob a ameaça de morte. De acordo com a confissão dos próprios Thundercats, a maioria dos homicídios ocorridos nos bairros de C avaleiro, Milagres, Jardim São paulo, Pacheco, Totó, C oqueiral Barro, Areias, San Martin, foram praticados pelo grupo de extermínio.

Segundo o promotor de Justiça, para o julgamento foram arroladas três testemunhas pelo MPPE, além dos oito réus. Ainda de acordo com ele, a quadrilha atuava em forma de empresa, com cada um executando um papel diferente, com ocupações específicas. José Marcionilo (Tiago) é o chefe do Grupo, Jairo era o braço direito do Tiago e responsável pelo dinheiro do tráfico. Anselmo Vieira da Silva (que não vai a julgamento, pois está foragido) seria o responsável pela cocaína e crack.
Everaldo era o proprietário de uma loja de informática de nome Real Informática, e era responsável pela segurança do grupo. Sandro era dono da loja de informática denominada Sou Informática e financiava as armas e munições para a quadrilha, se beneficiando dos produtos roubados pelo bando e também responsável pela lavagem de dinheiro referente ao tráfico. José João da Silva e José Pedro da Silva (ambos foragidos) são responsáveis por vender a maconha.
Os réus vão a júri por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e formação de quadrilha. De acordo com a denúncia entregue pelo MPPE, a vítima foi assassinada com dez tiros porque repassava à polícia informações sobre a atuação criminosa do bando. O crime contra a mulher foi praticado na presença dos cinco filhos e dos pais dela, inclusive a mãe, Vera Lúcia Barros da Silva, também foi atingida de raspão. Os Thundercats foram descobertos pela inteligência da Polícia Civil em janeiro de 2007. Na época, a Operação Ponta do Iceberg descobriu que o grupo é integrado por policiais militares, soldados da Aeronáutica, delegados, agentes de polícia civil e comerciantes. Cerca de 15 já estão presos.
Blog: O povo com a Notícia
Fonte: Folha PE