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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Pipeiro do Pajeú reclama de atraso no pagamento



Motoristas de carros-pipa da Operação Seca, com contratos firmados com o governo do Estado, têm amargado atrasos no pagamento e alguns suspenderam entrega de água às comunidades rurais. No Sertão do Pajeú há casos de "pipeiros" que aguardam desde janeiro pelo dinheiro e nada até agora. O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) reconhece os atrasos, mas explica que acontecem por pendências na documentação apresentada pelos contratados. Por mês, entre 5% a 10% dos 650 caminhões contratados pelo governo deixam de receber por falta de documentos.
Moacir Júnior Silva, pipeiro de São José do Egito, recebeu o último pagamento em dezembro do ano passado. Seu caminhão está parado e as dívidas se acumulam no posto de combustíveis. "Em uma viagem de 150 quilômetros atendia 10 famílias. São locais onde só chega água se for com carro-pipa. Ligo para o IPA e só escuto que o dinheiro vai ser liberado em 30 dias. E estou esperando desde janeiro. Vários colegas já desistiram de rodar com caminhões-pipa por causa desses atrasos. Queria saber se o governador sabe disso", desabafou.

Em situação semelhante está Nelson Alves Queiroz, de Afogados da Ingazeira. Há 90 dias aguarda o pagamento, que, segundo suas contas, já soma R$ 15 mil. Presta o serviço desde junho do ano passado e, até então, não tinha amargado nenhum atraso. Quando estava rodando normalmente costumava realizar quatro viagens por dia. Umas de 40 quilômetros (km) e outras de 80 km. Para encher o tanque precisa desembolsar R$ 430. Só no posto de combustíveis da cidade deve R$ 5 mil.
O diretor de Extensão Rural do IPA, Genil Gomes, informou que os contratos firmados pelo governo do Estado são temporários, sendo uns de seis meses e outros de um ano de duração. "Acontece que muitos não atualizam os documentos para renovação dos contratos ou a chamada síntese de trabalho, informe do quanto rodaram no mês, não é entregue em tempo hábil. Todos os meses há pendências", explicou.
Há ainda casos em que a prestação de contas é questionada pela Controladoria-Geral do Estado (CGE), o que emperra a liberação do pagamento. "Uma vez normalizada a situação, o pagamento do saldo é feito no mês seguinte. O importante é que ninguém está deixando de receber água. Realizamos a transferência de serviço ou aumentamos as cotas para que isso não aconteça", garantiu.
Blog: O povo com a Notícia
Fonte: Arcoverde News/Dário Rabelo