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terça-feira, 4 de junho de 2013

Cebola: “Ouro do sertanejo do vale do São Francisco”

Em meio às dificuldades por conta da variação de preços do produto e consequentemente o custo elevado na produção, os produtores de cebola do vale do São Francisco vem a cada ano diminuindo a quantidade de áreas plantadas. Ainda existem os que teimam e vão de encontro às barreiras impostas pelo mercado. Desde o preparo da terra até a época da colheita um só kg da cebola plantado não fica por menos de 6 mil reais, valor consideravelmente alto, principalmente porque os produtores de cebola não tem nenhuma garantia, caso aconteça perdas, ou, por questões climáticas ou, por outros fatores, como por exemplo, preços baixos que não cobrem se quer a produção.
Mesmo assim ainda é possível vê plantações de cebola que enchem os olhos dos amantes do “ouro” do sertão, é o caso do plantio de Raimundo Nonato Cavalcanti Nery (Nonato), da fazenda Umbuzeiro municipio de Orocó/PE, bem próximo a entrada principal do Projeto de Irrigação Brígida, do lado direito da BR 428 altura do Km 64 sentido Orocó/Cabrobo. Nonato como é conhecido na região tem atualmente 12 Kg da cebola que foram semeadas em épocas diferentes dos tipos IPA 10 e IPA 11. Nonato mantém uma sociedade na lavoura com o Sr. Zé Tiba, agricultor de 50 anos de idade segundo ele trabalha com o produto desde os 10, Zé Tiba ainda afirma com a satisfação estampada no rosto, que nunca viu uma plantação parecida com a que ele e Nonato estão colhendo. Dos 12 Kg plantados 4,5 estão em faze de colheita e será comercializada já no próximo final de semana.
Segundo Nonato a produção está bem acima do esperado, pela experiência com a roça e principalmente com cebola, há uma estimativa de colher aproximadamente 1,2 sacos por Kg do produto, considerando a produção normal da região a quantidade equivale ao dobro do normal. Estiveram observando a plantação os também agricultores, Raniery Cavalcanti, Luiz Bernardino e Sandro Santos, ambos ficaram maravilhados com a beleza que viram, ao mesmo tempo, em que, disseram nunca ter visto nada igual.
Se as políticas agrícolas dos governos dessem suportes e garantia pelo menos de preços mínimos aos produtores de cebola do vale do São Francisco, a região não sofreria tanto, principalmente em épocas de longas estiagens. Pois as terras existentes as margens do Rio São Francisco são suficientes para garantir a permanência do homem no campo, ao mesmo tempo em que, gera emprego, renda e sobre tudo dignidade. Os exemplos de Nonato, Zé Tiba e de tantos outros, que aplicam na terra tudo o quanto tem, muitas das vezes comprometendo até o que já ganhou em outras épocas, sem se quer ter a garantia de retorno, poderia servir como ponto inicial de uma política a ser implantada pelos governos, para garantirem que os agricultores da região possam dar continuidade às produções de qualidades da cultura da cebola.
Blog: O povo com a Notícia
Fonte: Blog do Didi Galvão