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domingo, 9 de junho de 2013

PERDAS E GANHOS PARA BEZERRA COELHO FORA DO PSB

Até onde pode esticar a corda que liga o PSB ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho? Uma pergunta que ainda não tem resposta, mas que está esquentando os bastidores do partido. A maioria socialista não acredita que o ministro trocará de partido com a intenção de disputar o governo de Pernambuco em 2014. O argumento mais forte para a tese está no fato de Bezerra Coelho não ter um grupo político que possa acompanhá-lo caso decida se desligar da sigla.

Com reduto eleitoral concentrado em Petrolina e municípios da região, Bezerra Coelho não tem uma base política formada por deputados (federais e estaduais), prefeitos e lideranças políticas, que poderiam acompanhá-lo na migração e garantir apoio numa disputa em 2014. A exceção é o filho dele, o deputado federal Fernando Bezerra Filho (PSB) que, no ano passado, não conseguiu se eleger prefeito de Petrolina, sendo derrotado pelo peemedebista Júlio Lóssio, reeleito para o cargo.

Na avaliação de governistas, as movimentações do ministro para "forçar" o governador Eduardo Campos (PSB) a tomar uma decisão sobre a sucessão estadual estariam equivocadas. Atualmente, a principal arma que Bezerra Coelho tem nas mãos é o peso do Ministério da Integração, cargo que ocupa por indicação do governador.

No exercício da função, o ministro tem visitado estados do Nordeste para anunciar ações de convivência com a seca e liberado muitos recursos para obras. "A atuação dele tem sido muito boa", frisou um socialista em reserva. A mesma fonte fez questão de pontuar, no entanto, que o  ministro também vem cometendo alguns deslizes no campo político.

Afirmou, por exemplo, que Bezerra Coelho "errou" ao declarar publicamente apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff, apesar de ser integrante do governo dela. "Em seus discursos em cidades do Nordeste, inclusive, está dizendo que quem não apoia Dilma é contra o Nordeste", criticou outro socialista.

A postura do ministro em defender a manutenção da aliança PT/PSB também não estaria agradando ao núcleo forte do PSB, que trabalha para consolidar a candidatura de Eduardo Campos a presidente da República. Um projeto, aliás, que Bezerra Coelho já demonstrou ser contra. Na opinião dele, o assunto precisa ser melhor discutido nas bases do partido.

Tem quem diga também que ele estaria indo na contramão do que pensa Eduardo Campos ao antecipar suas articulações para eleição do próximo ano. "O governador já disse que só vai discutir 2014 em 2014. Ele tem dito que não vai resolver a vida dele agora, imagine a de Fernando", comentou um governista.

As especulações sobre a saída de Bezerra Coelho do PSB para se filiar ao PT, versão negada pelo ministro e pelo governador, ganharam a força a partir do momento em que o ministro passou a defender com mais ênfase o projeto de reeleição de Dilma Rousseff. No PT local, o ministro enfrenta resistência e há informação de que ele também está conversando com outras legendas, como PSD e o PP.

A migração de Bezerra Coelho, segundo comentários, contaria com o apoio da presidente e do ex-presidente Lula (PT), com a intenção de lançar o ministro candidato a governador de Pernambuco e assim montar um palanque para petista no estado. Uma história, portanto, que ainda vai render alguns capítulos. Um jogo de paciência, movido por um enredo que vai decepcionar alguns e surpreender outros.(Rosália Rangel-DP)


Blog: O povo com a Notícia
Fonte: Blog do Júnior Finfa