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domingo, 17 de novembro de 2013

Sindusgesso e MPPE querem revolucionar sistema produtivo no Polo Gesseiro

Gipsita extração
O Sindicato das Indústrias do Gesso (Sindusgesso) e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) planejam promover uma verdadeira revolução nos processos produtivos do Polo Gesseiro da região do Araripe. A meta é fazer com que todas as indústrias do setor utilizem tecnologias que possibilitem o total reaproveitamento do gesso por meio da adoção do conceito da “Plataforma Berço ao Berço”.
Também conhecida como Economia Circular, essa plataforma prevê um processo de produção, uso e descarte de uma maneira cíclica onde não se produz resíduo. Na lógica circular não há descarte. Tudo que sobra tem uma forma útil para outro ciclo, em um fluxo de materiais que se transformam.
Como parte do processo de implantação dessa revolução verde, o Sindusgesso e o MPPE estão trazendo a Pernambuco a maior autoridade mundial em Economia Circular. Trata-se do químico alemão Michael Braungart, um especialista em desenvolvimento sustentável e reutilização de resíduos. Ele será o palestrante principal do “Seminário Internacional Além da Sustentabilidade” sobre reciclagem de resíduos que será realizado de 17 a 21 de novembro, no Centro Tecnológico do Gesso em Araripina. A palestra magna será no dia 18, às 18h30.

Durante os cinco dias do evento, Braungart cumprirá uma agenda técnica e científica com mais de 150 empresários do polo gesseiro, promotores ambientais, representantes de governos federais, estaduais e municipais, acadêmicos e pesquisadores.
Os participantes irão discutir novas alternativas para os modelos de desenvolvimento sustentável do Araripe, região onde está localizado o Polo Gesseiro que produz 97% do gesso consumido no Brasil. São 39 minas de gipsita ativas, 162 fábricas de gesso calcinado e 726 unidades fabris de prémoldados que geram cerca de 13.800 empregos diretos e 68.000 indiretos.
O polo gesseiro é o primeiro setor da economia pernambucana a aderir ao acordo para redução de resíduos sólidos do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O objetivo do acordo é chegar, de forma gradativa, à “geração zero” de resíduos.
Michael Braungart é autor do livro Cradle to Cradle , referência nos estudos e no desenvolvimento de técnicas de reaproveitamento de resíduos. “Todas as coisas fabricadas devem ser projetadas desde o início com a intenção de que elas acabarão por ser reciclados, ou voltarão para o solo, sem causar danos, ou serão aplicadas em algum outro produto. Os resíduos são alimentos. Não necessariamente o tipo que você come, mas o tipo que alimenta alguma coisa útil”, explica o químico, na obra.
Entre os projetos desenvolvidos pelo alemão estão um carro cujas peças podem ser 100% reutilizadas para fabricação de outros veículos e embalagens de produtos que podem ser descartadas diretamente no meio ambiente. Braungart também foi contratado pelo governo da China para desenvolver o projeto de uma cidade inteiramente sustentável.
Na lógica da Economia Circular não há descarte. Tudo que sobra tem uma forma útil para outro ciclo, em um fluxo de materiais que se transformam. No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010, trata disso de uma forma indireta estabelecendo que os fabricantes são parcialmente responsáveis pelo descarte pós-consumo de seus produtos e, portanto, devem implementar programas de logística reversa. Com informações Blog do Nayn Neto.
Blog: O Povo com a Notícia