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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Viagra feminino promete nova revolução sexual

Foi nas primeiras décadas do século 20 que surgiu a pílula anticoncepcional - medicamento que, na época, promoveu uma revolução sexual ao dar às mulheres o poder de começar a separar sexo de reprodução. Agora, duas novas drogas, ainda em fase de teste, prometem oferecer ao público feminino o poder de controlar seu apetite sexual.
Segundo a Emotional Brain, empresa holandesa de Adriaan Tuiten que há quase dois anos desenvolve testes das substâncias Lybrido e Lybridos, apelidadas de “Viagra Feminino”, bastaria colocar uma pílula sob a língua para, em três horas e meia, a mulher estar “pronta”, cheia de prazer.
Ainda não se sabe toda a eficácia e nem os efeitos colaterais dessas medicações, que, no momento, estão sendo testadas pela FDA, a agência americana que regulamenta alimentos e medicamentos. Se aprovadas, elas devem começar a ser vendidas nos Estados Unidos em 2015.
À base de testosterona, vasodilatadores e substâncias que atuam no cérebro, o Lybrido e o Lybridos prometem devolver a libido às mulheres em três horas e meia. Em entrevista ao “The New York Times”, o pesquisador holandês explicou a diferença entre as drogas. “A Lybrido aumenta a motivação sexual central e resposta sexual fisiológica, assim como o inchaço do tecido erétil e lubrificação vaginal. E a Lybridos aumenta a motivação sexual também, mas adiciona um agente ativo para combater mecanismos de inibição nas áreas do córtex pré-frontal.”

A empresa resolveu desenvolver a pílula depois de uma pesquisa em que ficou constatado que a perda de libido está ligada à monogamia e à monotonia dos relacionamentos. “A diminuição da libido pode estar relacionada a questões hormonais, medicações em uso, saúde física e mental, além de condições de vida estressantes e questões relacionadas ao relacionamento com o parceiro.
Pacientes em uso de determinados tipos de anticoncepcionais, menopausa ou descompensação de doenças como tireoideopatias, doenças intestinais ou diabetes também podem ter a libido diminuída. Se não há um equilíbrio, o desejo e uma resposta satisfatória da mulher ao estímulo, sua vida sexual pode ser comprometida”, afirma o ginecologista e obstetra Eduardo Zlotnik, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Benefícios
A psicóloga e terapeuta sexual e coordenadora de pós-graduação em Sexualidade da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp), Maria Jaqueline Coelho Pinto, lembra que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vida sexual de uma pessoa é parte integrante da definição de saúde. “Os benefícios são enormes, como a autoestima elevada, melhora do humor, melhora do relacionamento com o parceiro, melhora da imunidade do organismo, uma vida, enfim, com mais afeto e amor.”
Resgate do desejo
É possível resgatar o desejo sexual a dois. Uma das dicas vem do ginecologista Eduardo Zlotnik. “O casal deve procurar relacionar o sexo à vida. Um casal que não tem tempo para conversar, passear a dois, ir ao cinema, ao parque ou a um bar, não tem tempo para o sexo com prazer e carinho. O regaste envolve múltiplos aspectos da vida.
Quando necessário, deve procurar ajuda de profissionais para avaliar cada situação. Um acompanhamento multiprofissional pode ser necessário, como o acompanhamento de ginecologistas, urologistas, psicólogos, terapeutas sexuais e até fisioterapeutas, dependendo da causa”, diz. Com informações Juliana Ribeiro/Blog do Edney

Blog: O Povo com a Notícia