Para complementar os gritos de revolta, batuques em instrumentos de percussão. Cansados de aturarem a inércia do poder público, alunos e professores do Campus Salgueiro do IF Sertão promoveram um protesto na manhã desta quarta-feira (12) na BR-232, local onde uma mototaxista morreu e uma aluna da unidade teve o braço direito amputado no final do mês passado. As principais reivindicações, instalação de redutores de velocidade, principalmente lombadas, iluminação da via pública e placas de sinalização, advertindo os motoristas sobre o tráfego diário de veículos e pessoas.
A instituição realizou o protesto simultâneo a uma audiência pública que reuniu diversas autoridades, como o prefeito do município Marcones Libório, o diretor do campus, Amâncio, o presidente da Câmara de Vereadores de Salgueiro, Nemédio, e o bispo da Diocese Salgueiro, Dom Magnus. O protesto seria realizado após a audiência, mas o professor Ailton disse que os alunos resolveram adiantar porque consideraram a audiência de caráter político.
O professor lembrou as cobranças feitas pelo IF desde o início do funcionamento. “O instituto solicita das autoridades, através de ofícios, desde 2009, redutores de velocidade, lombadas eletrônicas, que não foram instaladas. Então, depois de cinco anos de espera pelas vias oficais, já que não conseguimos, tivemos que presenciar duas mortes só em frente ao instituto, além de outras mortes em frente ao EREMSAL, de frente à balança, então nós paralisamos e estamos reivindicando iluminação da via pública, porque o IF já faz parte do perímetro urbano de Salgueiro, e lombadas eletrônicas e físicas”, afirmou o docente, lembrando que um dia antes do movimento o DNIT instalou quatro sonorizadores nas imediações do IF.
Claramente revoltados, os alunos pretendiam queimar pneus na BR, mas foram acalmados pelos diretores do IF Sertão. Eles decidiram sair de frente ao campus em caminhada pela rodovia, atrás de um carro de som, em um manifesto pacífico, que terminou em frente à Prefeitura de Salgueiro, onde professores e alunos expuseram seus anseios no microfone. A comunidade acadêmica finalizou o protesto na esperança de que, desta vez, alguma solução efetiva seja colocada em prática. (Blog do Alvinho Patriota)
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