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domingo, 20 de abril de 2014

PSDB, PSB e PT cúmplices no motim de PMs na Bahia

Chamar de greve o que a Polícia Militar realiza na Bahia é uma licenciosidade poética. No despacho em que decretou a prisão de Marco Prisco Caldas Machado (no vídeo), líder do movimento, o juiz Antonio Oswaldo Scarpa, da 17ª Vara Federal de Salvador, anotou: “A Constituição Federal veda expressamente a greve de policiais militares. E não poderia ser diferente, pois a hierarquia e a disciplina são as bases que sustentam as organizações militares. Quando ocorrem fissuras nesses pilares, o que se vê é a desordem, o caos”.

Portanto, o que sucede na Bahia é uma afronta à lei e à ordem, praticada por uma tropa amotinada à margem da Constituição. Marco Prisco, o líder preso, é vereador pelo PSDB de Aécio Neves. Substituiu-o no papel de piromaníaco de tropa o Capitão Tadeu, deputado estadual pelo PSB de Eduardo Campos. A PM baiana promovera fuzarca semelhante em 2012. A tropa reincide no descalabro porque foi premiada com uma lei de anistia aprovada em votação simbólica no Congresso e sancionada por Dilma Rousseff, do PT, em 2 de agosto de 2013.

Quer dizer: por omissão ou por ação os partidos dos três principais candidatos à Presidência da República são cúmplices do caos baiano. O motim de 2012 durou 12 dias. Nesse período, foram assassinadas 130 pessoas no Estado. A encrenca atual se arrasta há quatro dias. Só em Salvador, desceram à cova, por ora, 52 cadáveres.

Deveria ser suficiente para que Aécio e Campos desautorizassem seus correligionários de quartel. Quanto a Dilma, como não pode cuspir na anistia que sancionou, talvez devesse considerar a hipótese de pronunciar alguma coisa parecida com um pedido de desculpas. Um beliscão nas orelhas do governador petista Jaques Wagner também não seria má ideia. (Blog Josias de Souza)

Blog: O Povo com a Notícia