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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Com presença de Lula em Petrolina, Armando aumenta tom contra Câmara

O candidato a governador pela coligação ‘Pernambuco vai mais Longe’, Armando Monteiro Neto (PTB), aumentou o tom dos ataques ao seu principal adversário, Paulo Câmara (PSB), da Frente Popular. Num comício em Petrolina, no final da tarde de hoje (04), próximo à Praça 21 de Setembro, Centro da cidade, que contou com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o petebista apimentou o discurso contra Câmara, a quase um mês das eleições.
Diante de um público estimado em cerca de 1,5 mil pessoas, Armando voltou a afirmar que a candidatura de Câmara “foi imposta”, alegando que o socialista não tem a experiência nem o devido conhecimento do estado. “Eu não preciso de GPS para percorrer os municípios”, alfinetou o candidato.
Ele também minimizou a reação do socialista nas recentes pesquisas de opinião do Ibope e Datafolha. “O povo é quem vai decidir, não são as máquinas, a imposição”, completou, pedindo votos também para os candidatos proporcionais presentes ao evento.

Antes da fala do petebista, o senador Humberto Costa – uma das lideranças do PT estadual – já tinha cutucado a chapa da Frente Popular. Ele disse que Pernambuco“não é conhecido pela ingratidão”, numa crítica que acabou resvalando em Eduardo Campos, morto num acidente aéreo no último dia 13 de agosto. O líder socialista, quando ainda estava vivo, havia sido acusado pelo PT de trair a legenda ao optar por ser candidato a presidente, ao invés de apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Falta um mês (da eleição). Até lá, vão inventar pesquisas, vão fazer de tudo para impedir que vençamos, como fizeram com Lula e Dilma. Mas o povo não é bobo, sabem o que tem de fazer”, alfinetou Humberto, reforçando também o apoio à candidatura a senador de João Paulo.
Lossio
Ao discursar, Lossio deixou de lado a figura de prefeito para assumir o papel de cabo eleitoral. Ao brincar com Lula, ele não perdeu a chance de criticar seu maior adversário na cidade, o candidato a senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), da Frente Popular. “Eu sempre disse que na hora em que o bezerro saísse de perto, eu chegaria perto do senhor”, afirmou.
Rasgando-se em elogios para o ex-presidente, Lossio disse que o “Brasil não precisou ser dividido” (numa alusão da música ‘Nordeste Independente’, cantada por Elba Ramalho), para que os investimentos chegassem com Lula. Chegou a ser interrompido depois que um eleitor subiu ao palanque para colocar um chapéu de couro no ex-presidente e agradecê-lo. Em seguida, disse esperar que Armando, se eleito, o ajude a trazer mais investimentos e a resolver os problemas de Petrolina, ao invés de discriminá-la, “como fizeram até agora”.
Sobre João Paulo, Lossio deixou claro que o mote da prefeitura (As pessoas em primeiro lugar) baseou-se na gestão do petista no Recife (A maior obra é cuidar das pessoas).
Lula
Aos gritos de “Lula Guerreiro, do povo brasileiro” (o mesmo gritado pela multidão no velório e enterro de Eduardo, mudando apenas o nome), o ex-presidente manteve o velho estilo ‘povão’ de discursar. Mencionou a votação da Constituinte Soberana e lembrou de suas ações que resgataram a dignidade do povo nordestino, entre elas a interiorização das universidades, a exemplo da Univasf.
Ele ratificou as palavras de Armando, que tinha afirmado que o país se dividia em “antes e depois de Lula”. O ex-presidente disse ter mudado a imagem que o Sudeste tinha de nordestinos, como gente de segunda categoria. “O Nordeste só era visível para o resto do país porque aqui tinha mortalidade infantil, adultos analfabetos, evasão escolar. Mas me orgulho de ser nordestino e de ter colocado o primeiro tijolo da Univasf”, disse.
Ao comentar sobre a seca, Lula citou uma das principais ações que começaram no seu governo, a Transposição do Rio São Francisco, a qual beneficiará populações de quatro estados do Nordeste. O ex-presidente disse esperar que esteja vivo para inaugurar a obra completa com Dilma. “Vamos fazer uma grande festa para que o nordestino possa morrer de dançar, de comer. Só não morrerá mais de sede”, completou. Sobre Dilma, Lula ressaltou que ela vem fazendo “um milagre” à frente do governo, com medidas para conter a inflação e investimentos na área social e de educação.
Quanto à política, Lula primeiro dirigiu-se a Lossio ao afirmar que agora “ambos estão no lado certo”. Também afirmou que apesar da morte de Eduardo, seus laços de amizade com a família do socialista continuarão os mesmos, mas os rumos políticos o colocaram em palanques opostos. Eu gostaria que não tivéssemos nos separado. Mas política é assim. Agora, é hora de tratar do futuro do estado de Pernambuco”, ao elogiar Armando. “Ele ajudou meu governo quando foi presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI). Aprendi a ter gratidão, por isso estou aqui”, completou. 
Blog: O Povo com a Notícia