Ao sair das urnas consagrado com a maior vitória do Brasil, obtendo 68,0% dos votos válidos, o governador eleito Paulo Câmara (PSB) marcou outra façanha: ao impor uma frente avassaladora sobre Armando Neto (PTB), superior a 1,7 milhões de votos, derrotou a presidente Dilma, com a força do lulismo em Pernambuco, e fez Marina a mais votada, sendo Pernambuco o único Estado nordestino onde Dilma perdeu.
Câmara arrastou, também, Fernando Bezerra Coelho, que derrotou o deputado João Paulo (PT) na corrida para o Senado. A Frente Popular, liderada por Câmara, elegeu ainda 18 deputados federais e 26 deputados estaduais. O PSB sai das urnas hegemônico em Pernambuco e certamente pode ser o diferencial na campanha presidencial de segundo turno ao lado de Aécio Neves.
Na primeira fala como governador eleito, Câmara afirmou que a vitória obtida neste pleito reflete a aprovação do modelo de gestão implantado por Eduardo Campos. Ele creditou o resultado das eleições à 'consciência do povo pernambucano'. 'É um modelo de governança que faz as entregas, que tem resultado, que tem medição. Essa forma de governar já tinha sido aprovada quatro anos atrás, quando Eduardo obteve a maior votação como governador do país', disse.
Câmara fez uma homenagem especial ao ex-governador. Bastante emocionado, na fala tumultuada com a Imprensa, sob o calor da emoção, afirmou: 'Aprendi muito com ele (Eduardo) e agora é hora de continuar o seu trabalho, e a gente vai continuar sim, honrando o seu legado e fazendo aquilo que ele me pediu para fazer quando me convocou para essa tarefa: cuidar do nosso povo'. (Magno Martins)
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