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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Floresta: Jovem sertanejo supera vírus mortal e faz fisioterapia

Um jovem pernambucano é considerado o primeiro caso de cura de raiva humana no Brasil e o terceiro no mundo. Ele foi mordido em 2008 por um morcego hematófago contaminado e passou 11 meses internado em um hospital do Recife. De acordo com o Ministério da Saúde, a doença é “transmitida por um vírus mortal e envolve o sistema nervoso central, levando ao óbito após curta evolução”. Passados seis anos do susto, o esforço ainda é contínuo e ele está recuperando movimentos essenciais.
“Eu tenho esperança de um dia voltar a andar”, diz Marciano Menezes da Silva, que tem 21 anos e mora no município de Floresta. Depois que deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em 2009, ele passou por uma cirurgia ortopédica, no entanto, os membros superiores e inferiores estavam atrofiados. Ainda assim, o sertanejo ficou movimentando os braços e as pernas, mas de forma limitada. Por isso, ele recebe visitas de uma fisioterapeuta duas vezes na semana desde que voltou para casa, em setembro de 2009.
Com um pouco de dificuldade na dicção, o rapaz comenta que “hoje 'tá melhor. Mudou muito. Agora eu 'tou me movimentando muito. Mudou o movimento dos braços, das pernas e do meu corpo, da mão e da língua”, e, enquanto fala, estica o braço reforçando a evolução. Em outro momento, ele mostra que também já consegue segurar e levar o copo de água à boca sem ajuda. “Ele apresenta muita boa vontade ao realizar o tratamento. Sempre está muito disposto a fazer os exercícios. Nesses três anos que faz fisioterapia comigo, a melhora foi muito significativa. Ele tinha várias retrações musculares, que diminuíram bastante. Ele é bem colaborativo. Força de vontade é fundamental em todo tratamento e nele isso sobra”, destaca a fisioterapeuta Érika Fernandes.
À época, em entrevista à TV Asa Branca, a mãe do jovem contou que só o levaram ao médico três dias após a mordida. Ela afirma que não aplicaram a vacina. “Ele disse que o médico era ele e sabia o que estava fazendo”, lembrou-se. Atualmente, depois dos contratempos, a família está empenhada e sonha junto ao filho. "Tenho esperança ainda de ver ele nem que seja com uma muleta, mudar as passadas sem ser a gente pegado com ele. Mais difícil foi ele sobreviver ao que ele passou", comemora João Gomes Menezes, pai de Marciano.


Blog: O Povo com a Notícia