Socialite.activate (elemento, 'Widget');

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Farra com o dinheiro público em Lagoa Grande, denuncia jornalista

A denúncia é da jornalista Cinara Marques: Uma verdadeira farra vem acontecendo com o dinheiro público em Lagoa Grande, Sertão do São Francisco. No final desta quarta-feira, 19, uma verdadeira comitiva formada por secretários municipais, funcionários que são cargos comissionados e servidores que são mais próximos do prefeito da cidade, Dhoni Amorim (PSB), partiram para uma viagem de turismo com destino à Maceió, capital de Alagoas. Segundo informações de moradores de Lagoa Grande, o grupo tinha em torno de 150 pessoas, inclusive o prefeito.

O pano de fundo dessa viagem turística seria um passeio com os idosos de um programa coordenado pela pasta de ação social, agora para que em pleno meio de semana, prefeito, secretários e servidores, abandonassem o trabalho para acompanhar a viagem, ninguém explica. Para os três dias em Maceió, foram contratados dois ônibus de primeira linha da empresa Brandão Turismo e o grupo se hospedará em hotel cinco estrelas na beira mar para esse descanso de três dias.

Sem falar que os secretários foram de carro próprio. Resta saber se foram veículos locados pela Prefeitura e se o combustível foi por conta do dinheiro do povo também.  Uma viagem dessas, com esse número de pessoas envolvidas e todos os gastos, sai no mínimo por R$ 60 mil. E a população denuncia que a farra com os recursos municipais do governo comandado pelo prefeito Dhoni Amorim e seu pai, o secretário de Governo Robson Amorim, tem sido constantes.

Em outubro, para comemorar o dia do servidor público, a Prefeitura alugou uma chácara em Petrolina, distante 50 Km de Lagoa Grande, numa locação que saiu em torno de R$ 1.500,00, sem contar custos com buffet de primeira linha e comida e bebida à vontade. Os recursos da Prefeitura também têm bancado com frequência, aniversários de secretários e pessoas próximas ao grupo que comanda à cidade com alugueis de espaços de festas e tudo que se tem direito.

Enquanto tudo isso, o dinheiro do povo lagoagrandense que pode estar bancando toda essa farra dos poderosos da cidade, não tem dado para comprar insumos para realizar um simples exame de glicose nos postos de saúde da cidade. Moradores também denunciam que o laboratório do hospital está fechado e que a cidade continua dentro do esgoto, sem que o saneamento seja concluído.

O prefeito Dhoni Amorim também acabou com eventos tradicionais como as comemorações cívicas do aniversário de Lagoa Grande que desde que ele assumiu em 2013, a Prefeitura deixou de celebrar a emancipação do município envolvendo as escolas.

Outro evento tradicional que o prefeito alegou não realizar por falta de dinheiro é a Vinhuva Fest – Feira da Uva e do Vinho do Nordeste – que não acontece desde que o atual governo tomou posse. Um evento criado para celebrar as riquezas de Lagoa Grande como a produção de uva e vinho finos e confirmar a cidade como segunda maior produtora do país.

Mas ao que parece, para Dhoni Amorim e sua equipe, a Vinhuvafest não tem importância, pois atrair investidores e por consequência empregos, renda e bem estar aos lagoagrandenses, deixou de ser prioridade no atual governo de Lagoa Grande. Já para viagens turísticas, ônibus de luxo e hotel cinco estrelas, não falta dinheiro. Segundo a população local, essa já é a terceira viagem turística do grupo.

Que o Ministério Público possa investigar toda essa farra com os recursos públicos que vem acontecendo na administração municipal de Lagoa Grande. A população tem feito inúmeras denúncias a esse respeito. É preciso se investigar e punir, porque todas essas situações ferem princípios contidos na Lei de Responsabilidade Fiscal como os da eficiência, impessoalidade e isonomia e deixam a população sem os serviços públicos essenciais a que têm direito. 

Blog: O Povo com a Notícia