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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Gasolina vai subir 3%, e diesel, 5%, diz Petrobras

A Petrobras informou que irá reajustar a gasolina em 3% nas refinarias a partir da 0h desta sexta-feira (07). O diesel sofrerá aumento de 5%, também nas refinarias.

O anúncio foi feito nesta quinta (06) em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Este é o primeiro reajuste desde 29 de novembro de 2013.

A Petrobras havia recebido na terça (04) o aval do ministro da Fazenda, Guido Mantega, presidente do conselho de administração da empresa, para reajustar os combustíveis. Na ocasião, o ministro havia pedido à empresa que o valor não divulgasse o anúncio no dia, segundo a reportagem apurou.

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, fez uma apresentação ao grupo, em Brasília, em que mostrava projeções com o percentual de 8% de reajuste. O esperado era que o aumento para a gasolina ficasse em 5%.

Aumento Negociado

Pelo estatuto da Petrobras, a decisão pelo reajuste dos combustíveis é da diretoria-executiva da empresa, liderada pela presidente Maria das Graças Foster.

Na prática, porém, o aumento é negociado junto ao governo, uma vez que a concessão traz impactos inflacionários, e depois a proposta é apresentada aos conselheiros. A União controla a Petrobras e, nessa condição, nomeia sete dos dez conselheiros.

Como depende do aval do governo, a Petrobras não reajusta imediatamente os combustíveis conforme as oscilações do mercado internacional.

Nos últimos quatro anos, as perdas para a Petrobras com a política de não reajuste imediato dos combustíveis são calculadas em R$ 60 bilhões, segundo a corretora Gradual.

Preços

Neste ano, os combustíveis permaneceram a maior parte do tempo com preço abaixo da cotação internacional, chegando, em alguns casos, a uma defasagem de 20%. Com a queda no preço mundial do petróleo, da faixa de US$ 100 para US$ 85 o barril, no último mês, a perda diária da Petrobras praticamente deixou de existir.

Até a semana passada, último dado disponível, a gasolina estava 1% mais cara no Brasil do que no exterior. Já o diesel, tinha defasagem de 4,5%. Apesar da menor defasagem, analistas dizem que o reajuste é necessário para recompor parcialmente as perdas de caixa dos últimos anos.

A defasagem foi um dos fatores que contribuíram para a dívida líquida da empresa crescer 237% nos últimos cinco anos, de R$ 71,5 bilhões para R$ 241,3 bilhões. (Folhapress)

Blog: O Povo com a Notícia