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domingo, 9 de novembro de 2014

''Protejam seus bandidos que nós protegemos os nossos''

O Show do Perdão - Em reunião dos dirigentes do PT e PSDB, ficou combinado assim: os grandes acusados, mais os políticos acusados de botar a mão em dinheiro grosso, mais os envolvidos de peso no caso do Petrolão, saíram livres da Comissão Parlamentar de Inquérito. Nem ouvidos serão. Não importa que sejam do Governo ou da Oposição. Se o suspeito tiver dinheiro ou poder, punição só virá depois do Petrolão nas páginas do dicionário. Já empresas menores, funcionários de baixo escalão, contínuos e as moças que servem café enfrentarão o rigor implacável da Lei. 

Fora da reunião, no plenário do Senado, o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, fez duro discurso rejeitando o diálogo proposto pelo Governo e chamando o Petrolão de "maior escândalo de corrupção na História desse país". Dentro de uma sala fechada, em que o som do plenário era inaudível, o diálogo acontecia numa boa. O tema da conversa era algo como "protejam seus bandidos que nós protegemos os nossos". Ou "mexeu no meu bandido, mexeu comigo". 

São reveladoras as frases de duas das Excelências que comandaram o acordo de, digamos, proteção mútua. Do deputado Marcos Maia, PT, relator da CPI: "Foi um acordo político, feito por todos os presentes, em que se resolveu, em função da falta de densidade das denúncias, não produzir nenhum tipo de oitiva". Do deputado Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara Federal: "Decidimos excluir os agentes políticos e os citados nas delações premiadas. Todo mundo concordou".' Repetindo: "Foi um acordo político". "Todo mundo concordou". (Carlos Brickmann/Magno Martins)

Blog: O Povo com a Notícia