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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

O ano fora da curva

WEBILUSTRAJORGE
Faltando um mês para o final de 2014, o prego já está batido e a ponta, virada: pela primeira vez nos oito anos de gestão Eduardo Campos/João Lyra Neto, Pernambuco terá enterrado mais vítimas de homicídio, no comparativo com o registro do ano anterior. Sob a ótica da estatística, não há mais qualquer possibilidade de salvar o balanço do último ano do atual governo. É a primeira vez que o Pacto pela Vida terá um saldo negativo. Ficará no vermelho. Um revés inédito no seu principal objetivo: a queda dos crimes violentos letais intencionais (CVLIs), os assassinatos.
Ao longo de 2013, foram registrados 3.101 homicídios. De janeiro até o dia 27 de novembro deste ano, data da última atualização dos dados na página da Secretaria de Defesa Social (SDS), era 3.075 o número de vítimas no Estado. Vinte seis mortes violentas separavam o balanço final de 2013 e a parcial de 2014. Hoje, cinco dias depois, é certo que o teto do ano passado já foi rasgado. Até o final de 2014, ao governo e ao leque dos envolvidos diretamente na segurança pública só resta a opção de trabalhar para reduzir o tamanho do prejuízo. De janeiro a outubro deste ano, em relação ao mesmo período de 2013, o salto nas notificações já era de 10%. Até o final do ano, o índice pode ser ainda maior.

Redução de homicídio é tarefa difícil e abraça variáveis complexas, poderão alegar os apoiadores do governo. Conter a violência não é ciência exata! Sem falar que todos os outros Estado do Nordeste assistem, ano a ano, ao crescimento do número de vítimas de crimes violentos. Pernambuco era a exceção desde 2007, quando surgiu o Pacto pela Vida, completarão os otimistas. Mas é preciso pontuar que foi o próprio governo quem primeiro se esforçou em, sempre quando possível, dar às vítimas de assassinato um tratamento aritmético.
Logo quando assumiu, Eduardo Campos divulgou que o objetivo do governo era reduzir em 12% os homicídios a cada ano. Em duas ocasiões (2009 e 2010), a meta foi batida e devidamente comemorada por todos. A cada semestre de queda, o “número de vidas salvas” pelo governo era exibido com destaque no projetor da sala de entrevistas da SDS. Neste ano, infelizmente, será diferente. (JC nas Ruas - Jorge Cavalcanti)
Blog: O Povo com a Notícia