Socialite.activate (elemento, 'Widget');

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Pai reencontra filha depois de 15 anos por causa de multa de trânsito

Você acredita no acaso? O Fantástico mostra uma história surpreendente, que tem um final inesperado. Início da história: um policial resolve parar um caminhão que tinha acabado de fazer uma ultrapassagem proibida na estrada.
Região de Campina Grande, Paraíba. O trecho da BR-230 é conhecido pelas ultrapassagens perigosas. “Estávamos atrás do caminhão dele quando ele fez a ultrapassagem nessa ladeira e mais à frente nós o abordamos”, lembra o policial rodoviário federal Gustavo Grisi.
Trabalhando na boleia do caminhão há 30 anos, Sidor Albrecht estava com pressa naquela quinta-feira, 04 de dezembro. O frete entre Marabá e Campina Grande estava quase terminando. Foram três dias de viagem, quase 1,8 mil quilômetros. E ele fez uma ultrapassagem proibida na faixa dupla. “Falei para o guarda: ‘Estou errado, pode multar, não tem problema não’”, afirma.
A multa foi aplicada na hora: R$ 957. E quando a notificação acontece assim, na estrada, os policiais precisam se comunicar por rádio com a base para fazer uma checagem dos documentos - tanto do motorista, quanto do veículo. Foi aí que as surpresas começaram.
O policial não encontrou nada no sistema da polícia, mas ficou intrigado com o nome diferente e resolveu buscar também na internet. “Quando eu fiz a consulta, surgiram alguns resultados. Mas somente um chamou a minha atenção, que foi aquela mensagem que dizia: ‘Estou à procura do meu pai’”, conta o policial rodoviário Daniel Pereira.
Era uma mensagem publicada dois anos antes em um fórum de pessoas desaparecidas. “Quando eu vi a mensagem dela, também lembrei da minha história. Nos últimos 20 anos eu também estive à procura do meu pai, então eu sei o que aquela moça estava passando. Eu encontrei o meu pai esse ano”, diz Daniel.
A autora da mensagem é de Fortaleza. Vitória Albrecht, uma jovem de 17 anos, que foi mãe aos 15. Estava grávida quando escreveu e sentia falta do pai que não conhecia. “Já tinha até me esquecido que eu tinha botado. Pensava que era mentira quando ligaram”, conta.
A mensagem sensibilizou o policial. “O que a Vitória fez foi como escrever um bilhete, colocar em uma garrafa e lançar no mar. E a gente teve a sorte de encontrar essa garrafa”, conta Daniel.
Seu Sidor, que já tinha assinado a multa e sido liberado, foi chamado de volta. Pelo rádio, ouviu a mensagem lida pela policial da base Soraya: “Gente, eu sou a Vitória, tenho 15 anos. Moro em Fortaleza, procuro o meu pai Sidor Albrecht. Ele é caminhoneiro, há anos eu venho tentando encontrá-lo”, dizia a voz no rádio. Era a notícia da filha que ele não viu crescer porque ficou 15 anos sem contato.


Blog: O Povo com a Notícia