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domingo, 15 de fevereiro de 2015

Diogo Nogueira transforma o carnaval de Salgueiro fazendo a ponte Rio de Janeiro-Pernambuco-Sertão

Diogo Nogueira uma das grandes atrações do Carnaval de Salgueiro fez sucesso total
Diogo Nogueira uma das grandes atrações do Carnaval de Salgueiro fez sucesso total
Multiculturalidade é mesmo a marca tradicional da folia de Salgueiro que começou na sexta-feira com o desfile das virgens tomando as ruas e avenidas da cidade. Até quarta-feira de cinzas, frevo, maracatu, pagode e os ritmos que estiverem na cena musical, vão dominar a festa de Momo. A largada de shows no palco do Polo Bomba atraiu um público eclético que queria ver um dos mais jovens e talentosos sambistas de sua geração. Do Rio de Janeiro para o Sertão de Pernambuco, Diogo Nogueira chegou de mansinho e fez todo mundo vibrar com as canções que atravessam décadas sem sair da boca do povo.
Diogo nasceu no berço do samba e sabe qual é o lema de todo carnaval. Em sua primeira vez no Sertão, o cantor que já vendeu mais de 750 mil CDs/DVDs, emplacou canções em telenovelas, e fez mais shows no exterior como Portugal, Itália, Suiça, Inglaterra, França, Nova York, Cuba e países da  África, soube bem dosar e festejar com os foliões sertanejos.
Abriu a noite com canções que eternizaram Clara Nunes, como Mineira, Poder da Criação, Renascer das cinzas e muitas outras. Fez o povo cantar clássicos de Martinho da Vila com a letra na ponta da língua. Foi nos hits comerciais e brincou com Mata o Papai. Transformou De volta pro aconchego, num samba canção.
De sua safra mandou ver ‘Malandro é malandro, mané é mané’ e homenageou, na sequencia,  o que ele chama de poetas do samba e do carnaval. De Gonzaguinha, retomou  O que é, o que é ? e  fez o povo cantar de novo na forma de viver e não ter a vergonha de ser feliz. Já estava em mais da metade do show e carnavalizou o pop-rock de Tim Maia, emDescobridor dos Setes Mares.
Na reta final, transformou o polo numa espécie de sambóodromo e percebeu que a energia dos sertanejos também se conecta com sambas enredos antigos e atuais. E mais uma vez todo mundo cantou junto e sambou sambando. Antes de agradecer e se despedir o público já ordenava sua volta.
O bis não podia ser mais coerente. Uma marchinha, um frevo e um sambão.  O público não precisou pedir por muito tempo que Diogo voltasse. O artista ficou por alguns segundos atrás do palco e já veio com toda força puxando os versos de Pedras que Cantam e todos cantaram: “Quem é rico mora na praia..”, em clima de marchinha. E emendou com o Frevo Mulher (Zé Ramalho) que, claro, não deixou ninguém parado e sem cantar o refrão que atravessa 40 anos. Depois carimbou o repertório final com Vou festejar, sucesso dos anos 70, na voz de Beth Carvalho.
Blog: O Povo com a Notícia