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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Joaquim Barbosa acusa advogados de tentar corromper processos na Justiça

O ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa voltou a usar sua conta no Twitter para criticar os encontros que advogados de empreiteiras sob investigação na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, tiveram com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem a PF é subordinada.

Segundo Barbosa, quando um advogado recorre a políticos para resolver problemas judiciais, seu objetivo é corromper a Justiça.

“Se você é advogado num processo criminal e entende que a polícia cometeu excessos/deslizes, você recorre ao juiz. Nunca a políticos!”, escreveu Barbosa na rede social na madrugada desta terça (17). “Os que recorrem à política para resolver problemas na esfera judicial não buscam a Justiça. Buscam corrompê-la. É tão simples assim.”

Nesta manhã, Barbosa reagiu a quem criticou suas mensagens: “[Sobre] as reações aos meus posts recentes sobre confusão entre Política e Justiça: meus críticos fingem não saber que hoje sou um cidadão livre. ‘Cidadão livre': livre das amarras do cargo público. Cidadão na plenitude dos seus direitos, pronto p[ara] opinar sobre as questões da ‘Pólis'”.

Segundo o ex-ministro do STF, as “plumes-à-gage”, expressão em francês para designar quem é pago para escrever para alguém, ficaram “furiosas” com seus comentários. “Experimentem ser livres! Sei que isso seria extremamente penoso e ‘custoso’ para vocês”.
Depois de relatar o processo do mensalão e presidir o STF, Barbosa se aposentou no ano passado.

Neste último sábado (14), ele havia recorrido ao Twitter para defender a demissão de Cardozo por causa de seus encontros com advogados.

Segundo reportagem publicada pela revista “Veja”, em um desses encontros, com advogados da empreiteira UTC, o ministro procurou tranquilizar a empresa, dizendo que as investigações sofreriam em breve uma reviravolta.

OUTRO LADO –  Cardozo reconheceu ter encontrado advogados das empreiteiras, mas disse que não cometeu nenhuma ilegalidade.

“Não há absolutamente nada de ilegal ou de irregular no fato de que o Ministro de Estado da Justiça receba advogados que pretendem representar contra eventuais atos ilegais que julguem ter ocorrido no âmbito da atividade de órgãos da pasta”, afirmou em nota. “Alias, é dever do Ministério da Justiça receber estas representações e determinar o seu regular processamento, sob pena de incorrer em grave violação legal.” (Folhapress)

Blog: O Povo com a Notícia