Dilma
Rousseff foi hostilizada novamente nesta
terça-feira. Vaiaram-na em São Paulo, ao chegar no Salão Internacional da
Construção. Além das vaias, ela ouviu gritos de ‘fora Dilma’ e ‘fora PT’. Pelo
manual do petismo, quem participa de atos assim é a elite golpista. Na
definição do Planalto, são pessoas que não se conformam com o resultado das
urnas e sonham com um terceiro turno, entendido como um neologismo para
impeachment.
Nos dois casos, as certezas baseiam-se no mito de
excepcionalidade cultivado pelo petismo. O pronunciamento feito por Dilma no
domingo, em rede nacional de rádio e tevê, revelou uma inédita pretensão da
presidente de ser uma potência gerencial e ética, que só deve contas à sua
própria noção de superioridade.
Inédito também o grau de alienação da presidente,
denunciado no pedido de “paciência” que endereçou à audiência, na suposição de
que seu destino evangelizador bastaria para obter a submissão aos seus próprios
mitos autocongratulatórios. De duas, uma: ou Dilma e o petismo são ingênuos ou
são cínicos.
Não é o cinismo que assusta. Contra o cinismo sempre é
possível proteger as crianças, retirando-as da sala. O que assusta mesmo é
quando nem Dilma nem o PT estão sendo cínicos. O que espanta é quando eles
acreditam mesmo que sua missão especial no planeta lhes dá o direito de vender
uma fábula na campanha e entregar um pergatório no exercício do Poder sem uma
autocrítica de permeio.
Nesse ritmo, o mito de superioridade vai acabar
convertendo o Brasil num país 100% feito de golpistas. Repare na foto abaixo a
face do Brasil que trama o golpe do terceiro turno. (Blog do Josias de Souza)
Blog: O Povo com a Notícia