Os
servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decidiram cruzar os
braços hoje, para reivindicar melhorias no plano de cargos e carreiras e na
progressão funcional da categoria. Por causa da paralisação, que vai durar 24
horas, a maior parte dos serviços oferecidos nos fóruns do Estado será
interrompida. Em um mês, esta já é a segunda vez que a categoria decide parar
as atividades. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder
Judiciário de Pernambuco, Eliseu Magno, a paralisação é uma resposta à
indefinição do Judiciário sobre a implementação da progressão funcional. “Já
estamos em negociação há um ano e até agora não tivemos resultados sobre o
principal pleito da categoria, que é o novo plano de valorização da carreira”,
explica Eliseu Magno.
A categoria também reclama que
o plano de cargos e carreiras que está em vigor oferece poucas oportunidades de
crescimento e aumento salarial. “Entre todos os tribunais do País, somos os
servidores que recebem o menor vencimento-base. Por conta disso, desde o ano de
2007, mais de dois mil servidores já deixaram o órgão. Essa evasão acarreta
problemas na qualidade do serviço prestado à população”, argumenta o presidente
do sindicato.
A paralisação de hoje deve
afetar todas as unidades do Tribunal de Justiça no Estado. Segundo o sindicato,
serão realizados apenas os serviços urgentes e inadiáveis, como questões
relativas à saúde e réus presos. Os serviços devem ser normalizados amanhã, quando
também deve acontecer uma nova reunião entre representantes dos servidores e
dirigentes do Tribunal de Justiça.
Os rumos da paralisação devem
ser definidos na próxima quinta-feira (5), em uma assembleia no Fórum
Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, área central do Recife. (JC Online)
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