A entrada do tesoureiro do PT
João Vaccari Neto foi cercada por um tumulto. Uma caixa com ratos foi aberta
dentro da sala da CPI assim que o petista entrou na sala da comissão.
Os seguranças
detiveram a pessoa que soltou e capturou os animais com rapidez. Parlamentares
do PT protestaram contra a atitude dizendo que estavam tentando transformar a
CPI em um circo.
O presidente da comissão, Hugo
Motta (PMDB-PB), pediu que a a Polícia Legislativa investigue o caso para
identificar e punir os culpados pelo incidente, que classificou como “infeliz”.
Vaccari está sendo
processado por lavagem de dinheiro pelo Ministério Público Federal e é
apontado, por delatores do esquema de desvio de dinheiro da Petrobras, como
arrecadador de propinas de empresas contratadas pela estatal.
O ministro Teori Zavascki, do
Supremo Tribunal Federal, concedeu habeas corpus para que ele não seja obrigado
a assinar o termo de compromisso que o obriga a dizer a verdade.
O objetivo do pedido
foi impedir que integrantes da CPI determinem sua prisão caso julguem que ele
esteja mentindo no depoimento. A decisão de Teori garante ainda que Vaccari
possa se comunicar com um advogado durante a sessão e não se autoincrimine.
RATOS E POLÍTICA – Não é novidade o uso de ratos na política.
Na campanha do PT, em 2002, antes mesmo do início oficial da campanha
eleitoral, que acabaria elegendo Lula presidente da República, o publicitário
Duda Mendonça criou um vídeo chamado “Xô Corrupção” e se dizia “Uma campanha do
PT e do povo brasileiro”. Na gravação, ratos roíam a bandeira do Brasil, numa
clara comparação de que os adversários seriam ratazanas. “Ou a gente acaba com
eles, ou eles acabam com o Brasil”.
Vídeo da campanha eleitoral de 2002
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