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quarta-feira, 13 de maio de 2015

"Os humilhados um dia serão exaltados", dispara Argolo em CPI


O ex-deputado Luiz Argôlo (SD-BA) optou por permanecer em silêncio na audiência desta terça-feira (12) que ocorre em Curitiba com os presos da operação Lava Jato.O ex-parlamentar disse que não responderá as perguntas dos deputados a pedido de sua defesa. "Eu falei antes e ajudou minha defesa em nada, por isso me manterei calado", disse Argôlo. Ainda em depoimento, Argolo disse que “conheci o Youssef depois de me eleger deputado. O encontro onde conheci o empresário foi realizado na casa do deputado Mário Negromonte”, afirmou. 
 
Argôlo esteve em setembro do ano passado no Conselho de Ética da Câmara para se defender das acusações de quebra de decoro parlamentar com a relação com o doleiro Alberto Youssef. Naquela ocasião, ex-parlamentar disse que nunca havia sido sócio do doleiro em qualquer empresa e que tinha havido "vazamentos seletivos" das mensagens interceptadas pela Polícia Federal para incluir seu nome nos casos de corrupção investigados pela Lava Jato.
 
O ex-deputado só rompeu silêncio uma vez: "Os humilhados um dia serão exaltados. Não adianta eu falar aqui. Mas volto a informar que pelo direito que me é exercido de me permanecer em silêncio".

É comum na CPI que os deputados se direcionem aos depoentes envolvidos no esquema de corrupção de forma agressiva, com acusações de que essas pessoas roubaram o país. Hoje, acontece o primeiro encontro entre Argôlo e os deputados, mas a atitude dos parlamentares é mais amena e mantém um tom cordial. "Como parlamentar, é constrangedor interrogar um ex-deputado", disse o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

Argôlo é suspeito de ter ligações com o doleiro Alberto Youssef. Ele é acusado de receber dinheiro e favores do doleiro e de ter usado dinheiro da Câmara para viajar e se reunir com Youssef. Investigações da Polícia Federal apontam que Argôlo trocou 1.411 mensagens por celular com Youssef em seis meses. Ele também foi acusado pela contadora Meire Poza de ser sócio informal do doleiro.
 
Quando ainda era deputado no ano passado, Argôlo teve um pedido de cassação aprovado pelo Conselho de Ética da Câmara, mas a legislatura acabou antes que o processo fosse votado no plenário da Casa. Ele não se reelegeu nas eleições do ano passado. Ele também foi afastado pelo seu partido. (UOL)

Blog: O Povo com a Notícia