Presidente do Senado e do
Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL) planeja colocar em pé uma “agenda de
prioridades” do Poder Legislativo. Ele atribuiu a dois senadores a tarefa de
listar os temas que terão tratamento prioritário: o tucano José Serra (SP) e o
peemedebista Romero Jucá (RR), que apoiou Aécio Neves em 2014. A dupla ouvirá
sugestões de governadores. Pretende-se compor um grupo com a participação de
pelo menos um governador de cada região.
As
novidades vieram à luz depois que Renan reuniu os governadores no Senado, nesta
quarta-feira (20). Nas manifestações que fez durante e depois do encontro, o
senador adotou o timbre oposicionista que tem permeado seu discurso desde que o
STF abriu contra ele um inquérito sobre suspeitas de recebimento de propina na
Petrobras. "Renan disse que há dois brasis, o da campanha de 2014 e o real":
“Vamos
fazer tudo que garanta o equilíbrio fiscal. O que lamentamos, e lamentamos
muito, é que aquele Brasil de 2014, que era projetado, anunciado, era apenas um
Brasil para a campanha eleitoral. Estamos vivendo a dura realidade de
ajustarmos o Pacto Federativo”. Renan cobrou a promessa feita por Dilma na
campanha e reiterada no discurso de posse de dividir com os Estados os custos
da segurança pública.
Nesta
quinta-feira (21), Renan reúne-se às 11h com o presidente da Câmara, Eduardo
Cunha. Os dois vão acertar o passo, para que a agenda a ser fechada com
sugestões dos governadores seja tratada com prioridade nas duas Casas do
Legislativo. O objetivo de ambos é redefinir o pacto federativo — leia-se
transferir verbas dos cofres da União para as arcas dos tesouros estaduais.
Tremei, Joaquim Levy! (Por Josias de Souza)
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