Ao
menos 234 cidades no Brasil e no exterior devem organizar protestos contra a
presidente Dilma Rousseff no próximo domingo (16), segundo dados divulgados
pelos organizadores nesta última quarta (12). O número representa um redução em
relação às últimas manifestações, em 12 de abril, quando 407 cidades eram
contabilizadas na véspera. Na ocasião, a reportagem confirmou protestos em 111
cidades.
Para este domingo, São Paulo é o Estado com o maior número de
municípios participantes, 71. Na capital, os manifestantes ficarão na avenida
Paulista e deverão levar cerca de dez carros de som. Os principais grupos por
trás dos protestos são o MBL (Movimento Brasil Livre), Vem Pra Rua e Revoltados
On Line. Grupos que defendem a intervenção militar, como UND (União Nacionalista
Democrática) e Pátria Amada Brasil, também terão seus carros no ato.
ANTI-IMPEACHMENT Também neste domingo, a CUT (Central Única dos Trabalhadores)
organiza um abraço coletivo "em defesa da democracia", na frente do
Instituto Lula, no bairro no Ipiranga, em São Paulo. Na quinta (20) movimentos
sociais organizam manifestações em dez capitais brasileiras.
Na semana passada,
o PT convocou sua militância a comparecer nesses atos para protestar contra
"a ofensiva da direita" e defender a permanência de Dilma no poder.
Representantes de movimentos sociais, porém, alegam que as atos não serão
pró-governo. "Somos contra o golpismo porque pôr o Temer ou o Cunha na
presidência não é solução para nada, mas esse não é um movimento de 'Viva a
Dilma'. Somos contra o ajuste fiscal promovido pelo governo e também contra
esse descalabro que é a Agenda Brasil [conjunto de propostas apresentadas pelo
PMDB ]", afirma Gulherme Boulos, representante do MTST e colunista da
Folha de S.Paulo.
Nesta semana, o PT organizou uma série de eventos se contrapor
às manifestações de domingo. Na terça-feira (11), o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva viajou a Brasília para participar da abertura da Marcha das
Margaridas, voltada para trabalhadoras rurais. Na sexta (14), ele retorna à capital
federal para se encontrar com lideranças do partido e educadores para defender
o tema que vem destacando como vital para o PT retomar o elo com sua base, a
educação.
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