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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Na TV, Dilma diz que "jamais" cogitou renunciar ao cargo

Em meio à crise política e econômica atual, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que “jamais” cogitou renunciar ao cargo. Em entrevista nesta noite ao telejornal "SBT Brasil", do SBT, a presidente disse que a cultura do golpe ainda existe no país, mas ponderou que “não há condições materiais” para que isso aconteça agora. 
 
“No passado até a redemocratização sistematicamente houve tentativa de golpe. Esse passado não se coaduna com a sociedade moderna”, disse, na entrevista veiculada na noite desta quarta-feira. “A cultura do golpe existe ainda, mas não acho que tenha condições materiais de ocorrer”.
 
A presidente disse também que “democracia exige respeito à instituição”. “Esse respeito é fundamental. Não é para mim, é para todos os presidentes que virão depois de mim”, afirmou.
 
Ao ser questionada sobre as manifestações pró-impeachment que acontecerão domingo, disse que é preciso saber conviver com as diferenças. “Não somos mais uma democracia infantilizada. O que nós temos que evitar é intolerância, que leva a conflitos que não têm solução, que dividem o país”, afirmou.
 
Dilma afirmou ainda que não acredita em um Brasil “fascista” e declarou que as elites brasileiras foram muito intolerantes.

Erros: A presidente reconheceu erros em sua gestão e afirmou que deveria ter se esforçado “ainda mais” para garantir que o Brasil “não tivesse tantas amarras para o investimento. Dilma disse que a população pode entender as mudanças no rumo da política econômica como uma quebra das promessas feitas na campanha eleitoral, mas ponderou que o país “mudou” desde as eleições de 2014.
 
“Sou humana e posso ter cometido vários erros, mas os erros não são justamente esses que falam. Acredito que devia ter me esforçado ainda mais para garantir que Brasil não tivesse tantas amarras para investir”, disse a presidente na entrevista. “É difícil fazer, mas poderia ter me empenhado para fazer mais coisa”.
 
Ao tentar justificar medidas na política econômica, que levaram ao ajuste fiscal e à redução de benefícios dos trabalhadores, Dilma afirmou que teve “coragem” em fazer mudanças na política econômica “mesmo não querendo fazê-las”.
 
“Quando iniciamos a campanha eleitoral, o Brasil era um. Agora, é outro. Houve uma série de mudanças no cenário econômico do Brasil e do mundo que ninguém esperava”, afirmou a presidente. “Acho que até a população pode entender como uma quebra [de promessa]”. A presidente afirmou ainda que se não tivesse mudado a política econômica o Brasil estaria pior.

Blog: O Povo com a Notícia