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sábado, 28 de novembro de 2015

‘É uma tragédia que isso aconteça’ com Delcídio, diz Berzoini

Ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, avalia que a prisão do senador Delcídio Amaral teve grande impacto pelo bom trânsito que ele mantinha na base aliada e na oposição. A nova meta fiscal acabou não sendo votada, o que travará a máquina.
 
Em entrevista concedida ao jornal O Globo, Berzoini disse que ficou surpreso com as revelações feitas por Delcídio. 'A gente fica, né? Primeiro, ele vai prestar esclarecimentos sobre aquilo que parece, ouvindo as gravações. Mas a gente nunca imaginou que o Delcídio pudesse estar, digamos, preocupado com a delação de Cerveró nesse nível. Da nossa parte, é surpresa e tristeza por envolver uma pessoa que convivia conosco semanalmente. A oposição registrou no Senado que também estava triste, porque a relação sempre foi muito civilizada, cordial. Ele é uma pessoa que gosta de costurar acordos, não é um líder só de enfrentar, mas também de dialogar".

Questionado sobre como está a presidente Dilma Rousseff, ele falou "Da mesma forma que eu, que o Jaques (Wagner). O sentimento é assim: é uma tragédia que isso aconteça com uma pessoa que tinha um relacionamento bom na situação e na oposição".
 
Berzoini ressaltou ainda que a preocupação do governo é cumprir a lei, "mas não deixar que haja transtorno para as pessoas que precisam dos serviços do governo. Nós não queremos, por exemplo, que faltem recursos para fiscalização ambiental, Polícia Federal e para os órgãos que exercem atividades de Estado e precisam continuar funcionando. Não são despesas obrigatórias, são despesas discricionárias, mas essenciais. Um contingenciamento com válvula de escape".
 
O Globo o  perguntou ainda como o Governo está lidando com esta situação e se Delcídio está sendo abandonado. O ministro disse que os fatos divulgados não são da atividade do Poder Executivo. "Ele vai responder por isso, certamente vai prestar esclarecimentos, e o Poder Judiciário e o Ministério Público vão tomar as medidas que acharem corretas. É um fato que obviamente nos entristeceu, nos deixou chateados, mas nossa função é governar o país. Então, nós temos que continuar nosso trabalho e deixar que isso seja tratado pelas instâncias do Judiciário e do Ministério Público".
 
Sobre o abandono ao senador, Berzoini esclareceu: "Nós não temos nenhuma razão para tratar o assunto dentro do governo, porque não se refere a atividades de governo. Não houve nenhum tipo de “Ah, ele tava fazendo uma coisa que tinha a ver com a função dele de líder”. Não. Não tinha a ver. É só ver o que está na gravação, e você vê claramente que era uma ação dele como pessoa, não uma ação do líder do governo".

Blog: O Povo com a Notícia