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quarta-feira, 22 de junho de 2016

Temer vai renegociar também as dívidas contraídas por Estados junto o BNDES


Ávido por obter do Senado uma decisão que o converta em presidente definitivo, Michel Temer parece mesmo decidido a afagar os governadores, personagens com ascendência sobre a Casa legislativa que representa a federação. Depois de renegociar as dívidas dos Estados com a União, o substituto constitucional de Dilma Rousseff quer repactuar também os débitos contraídos pelos tesouros estaduais junto ao BNDES.

Dilma tentou empinar a mesma ideia há três meses. Numa reunião com governadores, em março, ela oferecera um alongamento dessas dívidas por dez anos. Acenara também com um prazo de carência de quatro anos. Nesse intervalo, os Estados pagariam ao BNDES apenas os juros. Só retomariam a amortização do principal a partir do quinto ano.

Numa conta feita à época, o Tesouro Nacional estimou que, sacramentado o acordo com o BNDES, os Estados deixariam de desembolsar R$ 7,3 bilhões a menos até o ano eleitoral de 2018. Nesse mesmo período, o acordo que acaba de repactuar as dívidas dos executivos estaduais com a União deve custar ao erário federal algo como R$ 50 bilhões.

Nesta terça-feira, ao elogiar o acordo firmado por Temer com os governadores, o presidente do Senado, Renan Calheiros, pai do governador de Alagoas, Renan Filho, forçou uma porta que Temer já decidiu abrir: “Nós renegociamos a dívida pública. Alguns Estados não têm dívida pública, mas com o BNDES. Então, eu acho fundamental estender, com uma solução jurídica adequada, os termos da negociação da dívida pública para a dívida dos Estados com o BNDES.” (Via: Josias de Souza)

Blog: O Povo com a Notícia