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A falta de água tem afetado
diretamente os moradores de 28 municípios do interior de Pernambuco, onde as
barragens secaram. Para ter o produto em casa, a população tem duas opções: as
cisternas coletivas ou os caminhões-pipa. Neste último, o preço da água sofreu
reajuste, devido a dificuldade de se encontrar água. Por causa desse aumento, a
dona de casa Paula Silva, moradora de Belo Jardim, no Agreste, diz que
"deixa de comprar uma coisa pra comer para comprar água".
Nos municípios do Agreste do estado - que enfrentam a seca há
seis anos -, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) instalou
cisternas coletivas, o que torna grande a concorrência pela água. Os moradores
de Belo Jardim, por exemplo, dizem que vão de três a quatro vezes por dia na
cisterna para conseguir uma boa quantidade de água.
Quem não tem paciência para
adquirir o produto nas cisternas coletivas, compra água de caminhão-pipa. O
preço de 1 mil litros tem variado de R$ 40 a R$ 70. Há um ano, valia a metade.
Mesmo pagando mais, ainda é preciso esperar a disponibilidade dos
caminhoneiros. "A gente pede com cinco, e com oito dias é que eles vêm
entregar. A demanda é muito grande", ressalta a servidora pública Viviane
Silva Barbosa.
Também em Belo Jardim, havia um reservatório utilizado como
fonte de abastecimento. No local, os motoristas de caminhão-pipa chegavam,
estacionavam e enchiam os caminhões de água. Agora, a água que estava na
cisterna secou.
A saída dos caminhoneiros tem sido buscar água em fontes cada
vez mais distantes. José Maria, por exemplo, percorre todos os dias 54
quilômetros entre os municípios de São Bento do Una e Garanhuns, no Agreste do
estado, para encher os tonéis. A despesa com combustível aumentou e ele
repassou os custos para os clientes. "Senão fica ruim da gente
trabalhar", disse.
Sobre a falta de água, o ambientalista João Domingos fala sobre um dos motivos que levou os reservatórios a secarem. "A retirada exagerada [de água], sem as condições para a reposição, [é o que ] está levando [as barragens] ao colapso", alertou. (Via: G1 Caruaru)
Sobre a falta de água, o ambientalista João Domingos fala sobre um dos motivos que levou os reservatórios a secarem. "A retirada exagerada [de água], sem as condições para a reposição, [é o que ] está levando [as barragens] ao colapso", alertou. (Via: G1 Caruaru)
Blog: O Povo com a Notícia