O
ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou, nesta segunda-feira (16), em
Olinda, no Grande Recife, que vai pedir ao ministro da Justiça, Alexandre de
Moraes, a instalação de um presídio federal em Pernambuco. De acordo com
Jungmann, o estado é uma das unidades da Federação com maior possibilidade de
receber um dos cinco novos estabelecimentos carcerários anunciados pelo
presidente Michel Temer, no início de janeiro.
O ministro da Defesa ressaltou que a decisão final sobre os
locais das novas unidades carcerárias será do Ministério a Justiça. Pernambuco
é o segundo estado do Brasil com a maior superlotação das cadeias, perdendo
apenas para o Amazonas. Raul Jungmann esteve em Pernambuco para anunciar
mudanças no sistema de alistamento militar. A construção de mais cinco
presídios federais vai custar entre R$ 40 milhões e R$ 45 milhões ao governo
federal.
De acordo com Jungmann,
Pernambuco sai na frente na questão dos novos presídios federais. "Pelos
últimos dados do anuário de segurança pública, há um déficit de aproximadamente
20 mil vagas. O estado faz muito bem em solicitar o presídio federal, mas a
decisão vai caber ao ministro da Justiça. Vou reforçar esse pleito”, disse.
Questionado sobre os planos de controle da situação carcerária,
após as três chacinas em presídios do Norte e Nordeste, Jungmann afirmou que
uma das medidas de contenção da população carcerária que estão sendo estudadas
é a aplicação de bloqueadores de celular e detectores de metal em todas as
penitenciárias do Brasil. Ele também disse que, caso necessário, as Forças
Armadas estão à disposição para o controle da crise carcerária, que já deixou
ao menos 115 mortos em presídios do Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte.
“Força Nacional não é força
permanente e não cuida de presídio. Ela pode atuar na retomada de controle, mas
a obrigação é dos estados. Quando elas não dão conta, faz-se um pedido de
atuação. O novo Plano Nacional de Segurança já tem a previsão de instalação de
bloqueadores de celular, raio-X e scanners em todas as penitenciárias do
Brasil. O envio de detectores de metal também pode ser estudado, como os
utilizados na Olimpíada”, afirmou.
Fronteiras: Na quarta-feira (18), o ministro visitará fronteiras do Brasil
com alguns países, para reforçar o combate ao tráfico. Ele deve encontrar-se
com os ministros da Defesa da Colômbia e do Peru, para montar um plano de
combate a esse tipo de crime.
As fronteiras do Brasil têm cerca de 17 mil quilômetros, o que
equivale à distância até a Ásia, por exemplo. Segundo Jungmann, a ajuda de
outros países é essencial por alguns deles serem grandes focos de produção de
drogas e contrabando de armas.
“O combate ao tráfico de armas e drogas depende também dos
vizinhos, é um trabalho a ser feito por muitas mãos. Atualmente, temos cerca de
35 mil homens cuidando das fronteiras. Estamos ampliando a fiscalização
empregando aparelhos como visão noturna, radares móveis e procuramos arrendar
um satélite de baixa altitude”, disse. (Via: G1 PE)
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