O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB),
assinou, nesta terça-feira (06), um decreto para a criação do Batalhão de
Operações Especiais (Bope). Com emprego em todo o estado, o efetivo contará com
300 homens treinados para atuar em situações agudas como assaltos a bancos e
sequestros. A previsão é de que a tropa esteja formada e pronta ainda no
segundo semestre deste ano.
"Ele vai atuar em todo o estado de Pernambuco em eventos graves
formados por grupos criminosos organizados. Será uma tropa qualificada, de alto
nível. Você vai ter pessoal especializado em gerência de crise, para atuar como
interlocutor em caso de sequestro, de tomada de reféns. O Bope também vai
integrar o grupo de ação contra assaltos a bancos no estado", pontuou o
secretário de Defesa Social, Angelo Gioia.
Ainda segundo o secretário, o treinamento será feito no próprio estado.
O armamento e munição usados pelos policiais serão importados e, há ainda, a
aquisição de dois helicópteros para o batalhão. Ao todo, serão gastos cerca de
R$ 290 milhões para a compra desse armamento e equipamentos.
Dos 300 homens que serão empregados, 100 já foram selecionados. Eles
atuam na Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe), que trocará de
nome, receberá um treinamento especial e passará a se chamar Bope. A
gratificação repassada também será diferenciada dos demais batalhões da Polícia
Militar. Todavia, o secretário preferiu não tratar, por hora, dos valores.
Violência: Sobre o alto índice de homicídios no estado, Gioia
afirma que o batalhão não foi criado e não tem por função combater os
assassinatos. Entretanto, garante que a atuação da tropa refletirá numa queda
dos homicídios.
"O Bope, como é uma tropa de emprego tático, vai atuar em relação a
outras práticas de crime que, eventualmente, toca nos homicídios porque tem
homicidas que atuam em latrocínio, que sequestram, que atuam em tráfico de
drogas. Então, uma tropa dessa sempre agrega", completa.
Antes de assinar o decreto, o governador esteve reunido com seis
prefeitos do Agreste do estado. Na pauta, a segurança pública na região.
Sentados na mesa estavam os representantes municipais Hilário Paulo (PSD), de Brejo da Madre de Deus, Edilson Vieira (PSDB), de Santa Cruz do Capibaribe, Antônio Roque (PMDB), de Jataúba, Lero (PR), de Taquaritinga do Norte, Edilson Tavares (PMDB), de Toritama, e Romero Leal (PSDB), de Vertentes.
Os prefeitos da seis cidades representaram um total de 18 municípios que
integram o Consórcio Intermunicipal do Agreste de Pernambuco. De acordo com o
presidente do grupo, o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edilson Vieira
(PSDB), o governador prometeu um maior emprego de policiais e viaturas nas
áreas.
"A questão do assalto está predominante e nós estamos preocupados
porque essa é uma região que tem um polo de confecção muito forte. Nós estamos
também no período de festas juninas, que faz com que a economia fique aquecida.
Estamos preocupados, mas confiantes que o governo vai se comprometer com esse
reforço no policiamento", apontou Vieira. (Via: G1 PE)
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