O
presidente Michel Temer (PMDB) toca a todo vapor a barganha de oferecer cargos
a parlamentares em troca de votos na Câmara dos Deputados, onde será votada, no
próximo dia 2, a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR)
contra o peemedebista por crime de corrupção passiva. Na tentativa de salvar a pele do
mandatário nacional, o Palácio do Planalto tenta converter dissidentes.
Recepcionado por Temer diversas vezes nas últimas semanas, o deputado federal
paraense Wladimir Costa (SD) não pede segredo e conta abertamente como funciona
o "toma lá, dá cá".
"Somente alguns parlamentares hipócritas não vão assumir, mas é óbvio
que, após a reunião com o presidente, a gente vem com aquela história: 'Mas,
presidente, eu gostaria de trazer demandas do estado, do município, do governo
do estado'. A gente aproveita o barco e pede. Na realidade, não é o governo que
está atrás disso, os parlamentares é que estão procurando, pedindo audiência,
aproveitando a oportunidade. O Temer tem que ser assim. Aos amigos, as flores;
aos inimigos, coroa de espinhos", disse o congressista, conforme
publicação do jornal O Globo.
"Ele não propõe nada, ele pede apoio, mostra cópia da denúncia, diz
que é inócua, mas não oferece nada. Vai que alguma pessoa queira gravá-lo
novamente numa situação dessas. Ele diz que vai ver o que pode fazer. 'O que
for possível ajudar no seu estado, vamos fazer'. Ele vê quais são os
ministérios, quem pode resolver. O presidente encaminha. Faço cara de
coitadinho para ele", disse.
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