O PSDB foi à votação sobre a
denúncia que acusa o presidente da República de corrupção decidido a recuperar
sua reputação de avis rara.
Conseguiu a proeza de arrematar com conteúdo governista um movimento
anti-Temer. Fez na CCJ, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, uma
opção preferencial pela incongruência.
Dos sete representantes do tucanato na CCJ, dois participaram dos funerais
da denúncia contra Temer na condição de coveiros. Ou seja, 28,5% dos votos do
PSDB optaram por apagar a luz e acender o forno. Ajudaram a transformar em
pizza o relatório que autorizava o STF a decidir o futuro penal de Temer.
Restava aprovar um documento alternativo, que acomodasse sobre a denúncia
do procurador-geral Rodrigo Janot uma coroa de flores, preparando o esquife
para receber, no plenário da Câmara, em 2 de agosto, a última pá de cal.
Estavam presentes à sessão todos os 66 membros da CCJ. Por mal dos
pecados, coube a um dos pizzaiolos do
PSDB, o deputado mineiro Paulo Abi-Ackel, fazer o papel de coveiro. Ele
preparou e leu o relatório que sonega à Suprema Corte a possibilidade de
verificar se Temer é mesmo o corrupto que a Procuradoria diz ser.
Desautorizando os cinco companheiros de ninho que votaram pela
continuidade do processo, o tucano Abi-Ackel bicou: “A denúncia, no que diz
respeito ao presidente da República, não é precisa, pois não contém a exposição
pormenorizada do fato delituoso, com todas as suas circunstâncias. No direito
penal, não existe a culpa presumida. É necessário demonstrar com clareza o nexo
causal entre a conduta do agente e o evento lesivo, para desencadear a ação
penal.”
Apanhada de surpresa, a banda oposicionista do tucanato ficou uma arara.
Amigo de Aécio Neves, que coleciona nove inquéritos policiais no Supremo
Tribunal Federal, Abi-Ackel frequenta as planilhas da Odebrecht com o apelido de
Diamente. Graças ao favor que prestou a Temer, os tucanos encenaram na CCJ algo
muito parecido com uma papagaiada. (Via: Blog do Josias de Souza)
Blog: O Povo com a Notícia