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sexta-feira, 7 de julho de 2017

Novo suspeito de chefiar fraudes em concursos é investigado na 4ª fase da Operação Gabarito

Assista o vídeo:


Dois meses depois da deflagração da 1ª fase da Operação Gabarito, que investiga fraudes em pelo menos 73 concursos públicos, a Polícia Civil da Paraíba identificou um novo suspeito de fazer parte do grupo que seria líder do esquema. De acordo com o delegado Lucas Sá, que está à frente das investigações, o homem seria sócio dos líderes e mandados de busca e apreensão já foram cumpridos na casa dele, durante as ações da 4ª fase da Operação Gabarito.

As investigações da operação começaram em fevereiro de 2017, após a polícia receber denúncias anônimas. Desde a realização da primeira fase, em 7 de maio, até esta sexta-feira (07), 31 pessoas foram presas suspeitas de participar do esquema. Destas, 23 tiveram a prisão mantida, três estão em prisão domiciliar e três respondem ao processo em liberdade.

Mais de 100 pessoas, entre integrantes do grupo e beneficiados, estão sendo investigadas. A polícia estima que em 12 anos, o grupo desarticulado na Operação Gabarito movimentou pelo menos R$ 60 milhões com as fraudes. Parte do dinheiro era investido em imóveis, que supostamente eram comprados como uma forma de lavar o dinheiro.

Segundo Lucas Sá, além do suspeito identificado, outras pessoas estão sendo investigadas e novas prisões ainda podem acontecer até o fim da 4ª fase. Dentro desta fase, a polícia cumpriu 12 mandados de busca e apreensão na casa de novos suspeitos. As buscas foram feitas na paraíba, em Pernambuco e em Alagoas.

"Nossa meta é reunir provas suficientes para realizar a prisão destas pessoas, principalmente porque elas podem estar dando continuidade ao esquema ou até mesmo destruindo provas importantes”, explica o delegado Lucas Sá.

De acordo com o delegado, o grupo atuava em vários estados, e além dos dois irmãos apontados como líderes - e presos na primeira etapa -, outras pessoas tinham autonomia para continuar o esquema de forma independente.

“Quando os irmãos não queriam ou não podiam atuar em determinado concurso, eles avisavam para estas pessoas e até mesmo emprestava equipamentos e “professores”, de forma que outras células do grupo teriam como atuar em concursos cujas provas ainda não aconteceram e que estavam no “planejamento das fraudes”, que foi apreendido na casa onde o grupo se reunia”, explicou o delegado.


Fases da Operação Gabarito

A primeira fase da ‘Gabarito’ foi deflagrada no dia 7 de maio de 2017, durante a realização das provas do concurso do Ministério Público do Rio Grande do Norte, com a prisão de 19 pessoas. Parte do grupo foi presa em flagrante com pontos eletrônicos nos locais de prova, em Natal, e a maioria dos presos estavam em uma casa que funcionava como base da organização criminosa, no bairro do Cabo Branco, em João Pessoa. Na residência, estavam dois irmãos que são considerados chefes do grupo, além de “professores”, que eram responsáveis pela resolução das questões, e outros integrantes do esquema criminoso.


Durante a segunda fase, que se encerrou no dia 19 de maio, a polícia realizou a prisão de outras pessoas identificadas a partir dos depoimentos dos suspeitos presos na primeira fase. Seis pessoas foram presas no início da fase e durante as semanas seguintes, outros foragidos foram detidos. Entre os presos, estão um policial rodoviário federal, suspeito de chefiar o esquema e um dos sócios do grupo, responsável pela logística.

Na terceira fase da operação, a polícia prendeu duas pessoas e cumpriu 16 mandados de busca e apreensão, em João Pessoa e Cabedelo. Esta etapa consistiu primordialmente em analisar todo o material apreendido nas outras fases bem como reunir mais provas do funcionamento do grupo, segundo o delegado. Durante esta fase, 50 contas bancárias de investigados foram bloqueadas judicialmente.


Em junho, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) denunciou 34 pessoas investigadas na operaçãoAo todo, foram duas denúncias feitas pelo Ministério Público estadual: uma por fraudes em concursos públicos, associação criminosa, porte ilegal de armas de fogo e lavagem de dinheiro; a outra por fraudes em concursos, associação criminosa e crime continuado.

Próxima etapa da investigação

Segundo o delegado Lucas Sá, a 5ª fase da Operação Gabarito pretende investigar os concursos que teriam sido fraudados pelo esquema. “Queremos, com isso, identificar quem foram as pessoas beneficiadas. Para isso, ainda vai ser definida qual a melhor logística para a investigação, se é reunir os concursos por grupo ou se abre um inquérito para cada um”, comenta.

Lucas Sá explica ainda que além das investigações da Polícia Civil de João Pessoa, outras cinco apurações estão sendo feitas paralelamente. “Já foram entregues relatórios e provas para as polícias federais do Amazonas e da Paraíba, além das polícias civis de Alagoas, Pernambuco e Sergipe. Todas estas investigações servem para embasar ainda mais a denúncia do esquema”, completa. (Via: G1 PB)

Blog: O Povo com a Notícia