O ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim, afirmou
nessa última quarta-feira (19), em Washington que a Operação Lava Jato é “imparável”.
“É um ganho para a nossa sociedade. Imparável. O que tiver de ser feito será
feito sob a Constituição e as leis. O Ministério Público, a Polícia Federal ou
o Ministério da Justiça, qualquer instituição que estiver envolvida, estará
fortemente comprometida em realizar o trabalho”, disse.
Sobre a possibilidade de o procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
oferecer nova denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), Torquato disse
que vai esperar a iniciativa de Janot. “Vamos fazer o que temos de fazer. Vamos
ver o que acontece antes. A bola está no campo deles, não no nosso.”
Torquato se esquivou ao ser questionado sobre se a conversa de Temer com
Joesley Batista – gravada pelo empresário – foi inapropriada. “Essa questão
está na Corte (o Supremo Tribunal Federal abriu inquérito para investigar o
presidente). Eu não sou o advogado do presidente na Corte. Então vou deixar o
doutor (Antônio Cláudio) Mariz (advogado de Temer) responder isso”, disse.
Debate: O ministro participou ontem do painel Pesos e Contrapesos e o Estado de
Direito no Brasil. O evento foi promovido pelo Brazil Institute, que integra o
Wilson Center e fomenta debates sobre o temas que envolvam questões bilaterais
entre Brasil e Estados Unidos.
Torquato afirmou que foi uma coincidência sua visita a Washington
ocorrer na mesma semana em que Janot também está na capital dos Estados Unidos.
“Janot e eu nos conhecemos há muitos anos. Trabalhamos juntos no passado. Temos
grandes amigos em comum. Sempre conversamos um com o outro quando foi
necessário”, afirmou. “Não temos nenhuma dificuldade em conversar. Trocamos
mensagens aqui em Washington.”
O evento de ontem teve moderação do diretor do Brazil Institute, Paulo
Sotero, e a presença do juiz federal Peter Messitte, diretor do programa de
Estudos Jurídico e Judiciais Brasil-Estados Unidos, da American University
Washington College of Law, e do embaixador Anthony Harrington. (Via: Conteúdo Estadão)
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