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quarta-feira, 5 de julho de 2017

Relator de denúncia contra Temer foi "juiz de tapetão" no Brasileirão


Há 18 anos, na condição de presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o deputado federal pelo PMDB do Rio, Sérgio Zveiter - que assumiu a relatoria da denúncia contra o presidente Michel Temer, também do PMDB, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara-, se envolveu em outro caso de repercussão: o "caso Sandro Hiroshi" no Campeonato Brasileiro de 1999.

Segundo reportagem do Uol, por muito tempo, o sobrenome Zveiter foi praticamente sinônimo do comando da Justiça desportiva no Brasil. O irmão mais velho de Sérgio, Luiz Zveiter, presidiu o STJD entre 1996 e 1998, e depois entre 2000 e 2005. Nesse intervalo, entre 1998 e 2000, coube a Sérgio comandar os procedimentos que resultaram em um "tapetão" que salvou o Botafogo do rebaixamento e causou a criação da Copa João Havelange no ano seguinte.

Ainda de acordo com a reportagem, a controvérsia começou em 1999, após uma denúncia de que o atacante são-paulino Sandro Hiroshi havia adulterado sua documentação para parecer mais novo havia anos. O Botafogo, que havia tomado 6 a 1 do São Paulo, e o Inter, que havia empatado, entraram com ações pedindo os pontos da partida. Sob o comando de Sérgio Zveiter, o STJD deu ganho de causa aos dois clubes.

Com os três pontos conquistados no tribunal, o Botafogo se salvou do rebaixamento e mandou o Gama em seu lugar para a Série B. Mas o time do Distrito Federal não se conformou e brigou pela vaga na primeira divisão na Justiça comum, ganhando em todas as instâncias.

Botafoguense assumido, a família ainda reassumiu o comando no STJD entre 2012 e 2014, quando Flávio Zveiter, filho de Luiz, presidiu o tribunal. A passagem mais emblemática de sua gestão foi o "caso Héverton", que salvou o Fluminense do rebaixamento em 2013 e culminou com o rebaixamento da Portuguesa para a Série B pela escalação de um jogador irregular na última rodada - o Flamengo também foi punido pela escalação do suspenso André Santos. Agora, em Brasília, Sérgio recoloca o nome do clã sob os holofotes. (Agência Brasil)

Blog: O Povo com a Notícia