O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou na noite
desta terça-feira (08) que o novo fundo público para bancar as campanhas só
passará caso seja atrelado ao chamado distritão.
Deputados pretendem aprovar um novo fundo de R$ 3,6 bilhões, mas há
resistência em trocar o atual modelo eleitoral pelo distritão. Nesse novo modelo, são eleitos os mais votados. No atual, o
proporcional, as vagas são distribuídas com base na votação total dos partidos
ou coligações.
"O Senado não aprovará o fundo pelo fundo", disse Eunício após
jantar com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), senadores e
deputados. Eunício defende ainda que os R$ 3,6 bilhões venham de recursos hoje
já usados para fins eleitorais.
Segundo ele, com exceção do PT, há consenso para aprovação do distritão
em 2018 e o distrital-misto (metade das cadeiras distribuídas pelo sistema
atual e metade por eleição em distritos) de 2022 em diante.
No jantar desta terça-feira ficou mais claro ainda que a reforma
política deve se resumir a quatro pontos: possível mudança do modelo, nova
forma de financiar campanhas (o financiamento empresarial está proibido desde
2015), fim das coligações entre partidos e regras para reduzir o número de
legendas.
Participantes do jantar voltaram a defender a mudança do
presidencialismo para o parlamentarismo, com possível consulta à população em
2018, mas o clima foi de pessimismo em relação a isso. (Via: Folhapress)
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