O candidato a presidente pelo PSL, Jair
Bolsonaro, recebeu no início da tarde desta terça-feira (23) manifesto de apoio
de 3.639 prefeitos – o equivalente a 65% de todos os 5.569 alcaides brasileiros.
A
íntegra do manifesto (leia aqui) chama a atenção por
fazer uma referência a “prefeitos e prefeitas“, dentro da estratégia de usar um
discurso mais favorável diante do público feminino.
Em
seguida, o texto do manifesto fala de uma “mobilização” que “engaja
democraticamente gestores municipais”. De novo, uma referência à democracia e à
espontaneidade da ação. É também um esforço para vender uma imagem mais
politicamente correta no entorno da campanha bolsonaristas.
Toda
a operação de apoios políticos é comandada por Onyx Lorenzoni, o homem forte do
bolsonarismo. Deputado federal de 64 anos, reeleito pelo DEM do Rio Grande do
Sul, Onyx já está pré-nomeado para a Casa Civil em caso de vitória do militar.
Foi o único político a aparecer na propaganda de TV de Bolsonaro nesta fase
final –dizendo que vai ressuscitar a lei sobre 10 medidas contra a corrupção,
do Ministério Público.
Ao
amarrar o apoio explícito de 65% dos prefeitos brasileiros, Bolsonaro mostra
que sua base política tem grande capilaridade – e poderá ser assim nos primeiros
meses de seu eventual governo.
O
manifesto dos prefeitos também tem relevância nesta fase final da campanha, em
que o militar pode obter um número recorde de votos numa eleição presidencial
(hoje, a marca é de Lula, com 61,27% dos votos válidos no 2º turno de 2002).
Por
fim, Bolsonaro continua a receber os apoios das chamadas frentes parlamentares,
que reúnem congressistas em torno de causas comuns. Já teve declarações a seu
favor das frentes de evangélicos e de ruralistas. Nesta 3ª feira, foi à vez de
receber os deputados e senadores ligados à área de segurança –também conhecida
como “bancada da bala”. Pelo menos 27 congressistas foram até a residência do
candidato do PSL na hora do almoço.
Blog: O Povo com a Notícia