Pernambuco registrou a quarta maior taxa de
desemprego do País no terceiro trimestre deste ano (16,7%), situação que só não
é pior que a do Amapá (18,3%), Sergipe (17,5%) e Alagoas (17,1%), de acordo com
os dados da Pnad Contínua trimestral, divulgados ontem pelo IBGE. Embora a taxa
seja a melhor do ano, quando comparada ao primeiro (17,7%) e segundo (16,9%)
trimestres, ainda é considerada preocupante, significando que 700 mil pessoas
estão sem ocupação. Com o resultado, Pernambuco figura na lista dos 14 Estados
que apresentaram taxa superior à média nacional (11,9%). Durante campanha à
reeleição, o governador Paulo Câmara (PSB) anunciou a criação do Pacto pelo
Emprego, que pretende envolver governo, sociedade e setor produtivo na
tentativa de estimular a geração de vagas. O programa ainda não foi detalhado,
mas o governo garante que ele já está em curso, apontando a redução do ICMS do
óleo diesel de 18% para 16% como uma das primeiras ações para dinamizar a
economia local.
Para
o líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Silvio
Costa Filho (PRB), a taxa de desemprego acima da média nacional mostra a falta
de uma agenda que vise ao desenvolvimento do Estado. “Pernambuco tem ficado
para trás nos índices de desemprego há quase 3 anos. Sempre aparece entre os
Estados que têm o maior número de desempregados do País. Isso se deve a uma
falta de política que vise ao desenvolvimento econômico, que estimule o setor
produtivo. (Também há) falta de políticas públicas para as micro e pequenas
empresas, para os empreendedores individuais”, argumenta.
Na
visão do líder da oposição, é preciso diálogo entre o Executivo e o setor
produtivo. “O governo do Estado não tem fomentado novas cadeias produtivas. Não
tem dado assistência necessária a regiões importantes, como a piscicultura no
Sertão de Itaparica, o polo gesseiro no Sertão do Araripe, ou o polo ceramista
na Zona da Mata Norte. Além da falta de programas para o setor terciário do
Estado, que é o setor de serviços. Pernambuco não tem uma política pública que
vise à criação do emprego e da renda para a população”, dispara o
oposicionista.
Já
para o líder do governo no Legislativo, Isaltino Nascimento (PSB), o governador
Paulo Câmara já tem trabalhado, após a reeleição, para viabilizar uma série de
incentivos ao emprego e à renda em Pernambuco. “Na prática, uma parte
significativa dos projetos que foram enviados para a Assembleia vão ao encontro
desse novo momento do Estado de procurar estabelecer as diretrizes do Pacto
Pelo Emprego. À medida que você reduz o percentual de imposto sobre o diesel, a
cadeia produtiva do Estado tende a se otimizar. Porque estamos reduzindo o
custo dos transportes e, ao mesmo tempo, fazendo com que tenha mais recursos
circulando na economia”, afirma.
De
acordo com o socialista, o programa Nota Fiscal Solidária, que injeta um valor
R$ 175 milhões para mais de um milhão de beneficiários do Bolsa Família no
Estado, também ajuda a economia. “Na prática, vai ajudar todos os municípios de
Pernambuco. Porque em todos eles nós temos gente contemplada pelo Bolsa
Família. E vamos injetar recursos na economia de todas essas cidades”, defendeu
Isaltino, lembrando que novas medidas serão implementadas em 2019. (Via: PE Notícias)
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