O ministro do Desenvolvimento
Regional, Gustavo Canuto, se reuniu nesta sexta-feira (8) com o governador de
Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), no Palácio do Campo das Princesas, para
conversar sobre o custeio da transposição do rio São Francisco. O socialista
cobrou a conclusão das obras e a garantia do pagamento da tarifa social
sobre o uso da água.
Com a expectativa de inaugurar o eixo norte neste semestre, o ministro
propôs ao pernambucano fazer o debate a partir de março, através da Câmara
de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal (CCAF), da Advocacia-Geral
da União (AGU).
“Nosso intuito é chegar a um consenso do melhor modelo contratual para o
custeio da operação e manutenção do sistema para os governos federal e dos
estados atendidos pelo Projeto São Francisco o mais rápido possível”, disse
Canuto, pela assessoria de imprensa.
“Essa conta é grande demais para
qualquer um de nós, União e Estados. Há a necessidade da repartição dos custos
da operação. E Pernambuco precisa contribuir com a parcela da cota de
recebimento da água. Insisto, há algumas divergências que precisam ser
alinhadas para que esse contrato seja celebrado, mas é urgente que ele seja
celebrado para que a gente possa operar”, afirmou ainda.
A previsão da União em investimentos na operacionalização dos dois eixos
da transposição é de cerca de R$ 600 milhões ao ano.
O governo federal tem estudado outras alternativas para diminuir o custeio
da operação, como é o caso da implantação de placas solares ao longo dos
canais. O trabalho deverá ser concluído ainda neste ano pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo o ministério.
A União tem arcado financeiramente com a pré-operação do eixo leste, entre
Pernambuco e Paraíba, inaugurado em março de 2017.
“É importante discutir o canal da transposição, sua utilização, sua
gestão. As obras estão praticamente concluídas, já tem água do Rio São
Francisco chegando às cidades pernambucanas. O Governo de Pernambuco está pronto,
junto com os governos do Ceará e da Paraíba, para fazer essa discussão com o
Governo Federal. Vamos fazer isso de forma transparente e tranquila, em
benefício da população”, afirmou Paulo Câmara pela assessoria de imprensa.
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