Matteo Salvini, vice-primeiro ministro da Itália, celebrou a indicação
de Eduardo Bolsonaro para o posto de embaixador do Brasil nos Estados Unidos.
"Feliz que o amigo Eduardo Bolsonaro tenha sido indicado como o
próximo embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Nosso abraço da Itália",
publicou em uma rede social nesta quarta-feira (17).
O presidente Jair Bolsonaro disse que indicará seu filho Eduardo como
embaixador do Brasil em Washington. Para que a nomeação seja efetivada, é
preciso receber um aval do governo dos Estados Unidos em recebê-lo (o chamado
agrément) e que a indicação seja aprovada pelo Senado brasileiro.
É raro que um ministro de um país celebre em público a possível nomeação
de um embaixador estrangeiro, ainda mais para ocupar um posto em um terceiro
país.
Salvini também é ministro do Interior e líder do partido A Liga, de
direita nacionalista. Considerado o homem mais forte do governo italiano, ele
se reuniu com Eduardo em Roma em abril.
No encontro, transmitido em redes sociais, o italiano entregou ao
brasileiro o texto de uma lei recém-aprovada que deixa de punir excessos em
casos de legítima defesa, e disse esperar que a ideia seja copiada no
Brasil.
Como Eduardo, Salvini também faz parte do The Movement, projeto
internacional criado pelo estrategista Steve Bannon para unir partidos de
direita nacionalista de diversos países.
Em fevereiro, Bannon nomeou Eduardo como líder do grupo na América do
Sul. Salvini havia se juntado à plataforma em setembro de 2018.
Bannon foi estrategista do presidente dos EUA, Donald Trump, na campanha
de 2016 e esteve no governo por sete meses. Ele renunciou após se desentender
com Trump.
Salvini também é próximo do premiê húngaro Viktor Orbán e de Vladimir
Putin. O presidente russo se visitou a Itália no início do mês e se reuniu com
ele.
Na semana passada, surgiram denúncias de que o partido de Salvini teria recebido US$ 65 milhões (R$ 244 milhões) enviados pela Rússia via caixa dois, o que o italiano nega.
Na semana passada, surgiram denúncias de que o partido de Salvini teria recebido US$ 65 milhões (R$ 244 milhões) enviados pela Rússia via caixa dois, o que o italiano nega.
Como ministro, Salvini adota uma postura dura contra a imigração. Seu
governo fechou os portos da Itália a barcos de ONGs humanitárias que resgatam
refugiados à deriva, por acusá-las de cumplicidade com traficantes de pessoas.
A ONU condenou a medida.
Na terça (15), o ministro anunciou que também pretende mapear e expulsar
ciganos que estejam vivendo no país. Grupos itinerantes, como os Romanis e os
Sintis, vivem na Europa desta forma há séculos. (Via: Agência Brasil)
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