Conhecido
na década de 1970 por atuar na solução do Escândalo da Mandioca, uma das
maiores fraudes do estado que desviou cerca de um bilhão e meio de cruzeiros do
Banco do Brasil de Floresta, no Sertão de Pernambuco, o advogado criminalista
Gilberto Marques, de 64 anos, faleceu nesta sexta-feira (20), no Recife, após
ter uma parada cardíaca.
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O advogado estava em casa, em Boa
Viagem, quando passou mal, chegou a ser socorrido para o Hospital Português, na
área central do Recife, mas não resistiu. Gilberto Marques será velado e
cremado em cerimônia marcada para as 17h, no Cemitério Morada da Paz, em
Paulista, Região Metropolitana do Recife.
Nas redes social, amigos lembraram da trajetória profissional
do advogado e das características pessoais dele. “Foi um dos personagens mais
importantes do período do fim do regime militar, peça central de momentos
fundamentais da história de Pernambuco… Pessoalmente era alegre, de riso fácil
e conversador”, escreveu um internauta no Facebook.
Gilberto Marques também atuou na
chacina de Salgueiro, em 1985, no Caso Serrambi, cujo júri ocorreu em 2010, e
no julgamento do assassinato da fisioterapeuta Tássia Mirella, neste ano.
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O governador Paulo Câmara também
lamentou a perda do advogado, que definu como um dos mais brilhantes do estado.
“Ele deixou para Pernambuco um
precioso legado na área dos Direitos Humanos, como integrante da Comissão da
Memória e Verdade Dom Hélder
Câmara, que investigou crimes cometidos no Estado durante a ditadura militar.
Quero, neste momento, externar o meu profundo pesar e minha solidariedade aos
seus familiares, amigos e colegas”, escreveu o socialista, em nota.
A Ordem dos Advogados do Brasil,
seccional Pernambuco (OAB), também emitiu nota de pesar sobre o falecimento. “A
OAB-PE apresenta os votos de profundo pesar pelo falecimento, nesta sexta-feira
(20), do advogado criminalista Gilberto Marques, importante referência da
advocacia no estado. À família e aos amigos de Gilberto, os sentimentos de
todos que fazem a direção e o conselho da Ordem”.
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