O comandante do Grupo de Repressão ao Crime Organizado do Piauí (Greco), Menandro Pedro, declarou que o assalto ao Banco do Brasil do município de Miguel Alves, a 113 quilômetros de Teresina, foi realizado por uma quadrilha experiente que atua nos estados do Ceará, Maranhão e Pernambuco. "É uma quadrilha de alta periculosidade que vem de assaltos no Maranhão e em outros estados do Nordeste", afirma.
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A Polícia Rodoviária Federal, que também está na região dando suporte, confirmou que o carro utilizado na fuga dos suspeitos era roubado. O veículo modelo Siena foi levado da cidade de Fortaleza e teve sua placa clonada, o que reforça a declaração do comandante do Greco.
Nesta segunda-feira (29), cinco homens armados tomaram de assalto a agência do BB de Miguel Alves. Durante a fuga, os assaltantes, que levaram dois reféns, se dirigiram para o bairro Forquilha, onde existe uma saída para a cidade de Barras. Lá, policiais já aguardavam pela passagem dos suspeitos. Houve confronto e quatro pessoas morreram: três assaltantes e o gerente do banco. Durante a ação, dois suspeitos fugiram.
O clima na cidade é de medo. Logo após o início da ação criminosa, todo o comércio baixou as portas e centenas de moradores foram para o Hospital Público do Município, para onde foram levados os corpos.
O clima na cidade é de medo. Logo após o início da ação criminosa, todo o comércio baixou as portas e centenas de moradores foram para o Hospital Público do Município, para onde foram levados os corpos.
Uma senhora, que trabalha em uma loja que vende móveis e eletrodomésticos ao lado do banco assaltado, conta que estava nas proximidades da agência quando, por volta 10h30, ouviu os primeiros tiros. "Eu tinha saído para trocar um dinheiro em outro comércio quando ouvi os disparos. Voltei correndo para a loja baixei as portas da loja", relata a vendedora Simone Carvalho.
Dona Lucia Reis Silva, de 56 anos, se diz assustada com o ocorrido. "É muito triste ver a violência se alastrar pelo interior do estado e chegar a pequena Miguel Alves", diz.
Dona Lucia Reis Silva, de 56 anos, se diz assustada com o ocorrido. "É muito triste ver a violência se alastrar pelo interior do estado e chegar a pequena Miguel Alves", diz.
Durante a troca de tiros, os policiais que aguardavam a passagem dos suspeitos conseguiram abrigo na casa de José Silva Ferreira. "Os policiais mandaram a gente se deitar no chão e após isso só ouvi muitos tiros. Foi um momento terrível", relatou o aposentado.
A Prefeitura de Miguel Alves decretou luto oficial de três dias. A polícia continua a procura dos dois assaltantes que conseguiram fugir pela mata.
Blog: O povo com a Notícia