Em meio à investigação de superfaturamento de contratos com a Ideia Digital para informatizar escolas da rede pública, o Governo de Pernambuco apresentou nesta terça-feira (30) o novo sistema de compras e contratações por meio de licitação. A ideia é importar experiências do setor privado e ampliar o controle interno para reduzir em 10%, no primeiro ano, o valor gasto com este tipo de processo. Com isso, os cerca de R$ 6 bilhões desembolsados anualmente devem cair para R$ 5,4 bilhões.
Na prática, a economia de R$ 600 milhões deve valer a partir do ano que vem, já que a implantação do sistema estará completa apenas em dezembro, quando todos os funcionários do Governo que tratam de licitação serão deslocados para trabalhar no mesmo espaço físico, onde poderão interagir melhor. A Central de Compras e Licitação funcionará em um anexo do prédio da Agência Estadual de Tecnologia da Informação (ATI), no bairro de São José, área central do Recife.
O novo sistema inclui diminuir o número de comissões de licitação – que cairão das atuais 163 para 88 – e a quantidade de profissionais que atuam nestes grupos, que são 750 e passarão para 264.
De acordo com o secretário de Administração, Décio Padilha, os 486 funcionários que deixarão de atuar nas comissões serão relocados para outros cargos, no caso dos concursados, ou desligados. “Queremos aumentar em 80% a produtividade média de cada comissão”, prometeu, em coletiva de imprensa. Com isso, o Governo também prevê reduzir em 50% o tempo de compra e contratações.
Cada secretaria tem até setembro para apresentar à Secretaria de Administração um Plano Anual de Compras – prática importada das empresas privadas -, que deverá contemplar os tipos de produtos, as quantidades e o mês que pretende comprar materiais ou contratar serviços. As informações são Blog do Jamildo.
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