O juiz André Guimarães foi eleito pelo Pleno do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para assumir o cargo de desembargador da Justiça estadual. A sessão aconteceu nesta segunda-feira (16). O magistrado foi escolhido através do critério de merecimento para ocupar a vaga decorrente da aposentadoria do desembargador Sílvio de Arruda Beltrão.
No total, concorreram ao cargo doze magistrados. Além de André Guimarães (33 votos), figuraram na lista tríplice os juízes Itamar Pereira (35 votos) e Carlos Moraes (30 votos). Como essa foi a terceira vez consecutiva que André Guimarães ficou entre os três mais votados, de acordo com a Constituição Federal, a eleição é automática.
Ainda emocionado, o juiz se disse honrado com a escolha para o cargo. “É mais uma etapa da minha carreira a ser desenvolvida. Espero contribuir com o TJPE para merecer a confiança que os meus colegas depositaram em mim”, afirmou. Como desembargador, André pretende manter a mesma postura já adota ao longo dos seus 25 anos de magistratura. “Pretendo seguir a mesma linha que venho praticando, julgando da forma correta e segura. Saio de um julgamento singular para um colegiado. Terei agora que me adaptar a essa nova fase”.
Sobre a questão da celeridade processual, uma das demandas mais recorrentes da sociedade, o desembargador eleito entende como necessária a velocidade, mas indica que é preciso cautela. “Entendo que celeridade é importante, mas a segurança do processo que está sendo julgado também é fundamental. A celeridade pode redundar em uma injustiça. Isso tem que ser ponderado, deve ser encontrado um ponto de equilíbrio. É importante dizer que a segurança de julgar se sobrepõe à celeridade”, explica.
A posse formal do desembargador eleito André Guimarães acontece nesta terça-feira (17), às 17h, no gabinete da Presidência do Tribunal, no Palácio da Justiça, localizado no Bairro de Santo Antônio. “Feita a posse, já entro no exercício. Possivelmente atuarei na 1ª Câmara Cível”, completou.
CARREIRA
Com 25 anos de magistratura, André iniciou sua carreira como juiz de direito em 1987, na comarca do município de Sanharó, no Agreste pernambucano. Assim como Sanharó, atuou em Belo Jardim na 1ª Entrância. O magistrado passou ainda pela 2ª Vara Cível de Jaboatão dos Guararapes, no Juizado de Pequenas Causas de Olinda, e na 1ª Vara da Assistência Judiciária de Olinda – todos de 2ª Entrância. Foi promovido em 1992 para a 3ª Entrância (Recife), onde atuou nas 2ª, 4ª, 5ª, 6ª e 8ª Varas da Fazenda Publica e na Vara Criminal Privativa dos Crimes contra a Administração Pública e Economia Popular.
Antes de ingressar na magistratura, passou pela Câmara Municipal do Recife, exerceu a advocacia, foi professor de direito, além de ocupar o cargo de promotor de Justiça. O extenso ainda inclui atuações como juiz eleitoral, juiz corregedor auxiliar, desembargador substituto e, até o momento, respondia como juiz assessor especial da Presidência. As informações são da Folha de Pernambuco.
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