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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

ALERTA - Sessenta e nove municípios pernambucanos com risco de surto de dengue


Sessenta e nove municípios pernambucanos estão em risco de surto de dengue, quando o número de imóveis com larvas do Aedes Aegypti é maior do que 3,9%. A maior parte dos municípios é do interior do estado, mas inclui também algumas cidades da Região Metropolitana do Recife, entre elas Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes, São Lourenço e Abreu e Lima. Recife, está no momento, fora de risco de epidemia, segundo anunciou ontem a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Entre as cidades em risco de surto, estão incluídas Afogados da Ingazeira, no Sertão, Gravatá e Bonito, no Agreste, e Palmaras na Zona da Mata Sul. Outras 75 cidades estão em situação de alerta. Por conta da seca, o armazenamento de água cresceu, o que pode elevar o número de casos.

Para tentar vencer a queda de braço contra o mosquito, a SES antecipou em dois meses as ações de prevenção e combate à doença. Recife, com quase 1,6 milhão de habitantes, lidera o ranking dos dez municípios com mais casos em Pernambuco. Nos dez primeiros meses do ano, a capital somou 20,5% dos quase 15 mil registros, ou seja, 2,9 mil ocorrências. Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Caruaru, Cabo de Santo Agostinho, Santa Cruz do Capibaribe, Carpina, Abreu e Lima, Ipojuca e Moreno também aparecem na lista.
As 144 cidades que correm risco de surto de dengue ou que estão em alerta serão os alvos prioritários da campanha deste ano, com o lema Vire, guarde e tampe, focada na prevenção. Hoje, 90% dos casos de dengue no estado são intradomiciliares. Quarenta cidades pernambucanas têm baixa infestação e preocupam menos os especialistas.

A auxiliar de contabilidade Maria Lopes, 56, já foi vítima do mosquito. “Tenho oito vasos de plantas em casa, mas coloco areia regularmente neles para evitar o acúmulo de água. Eles também são furados para a água escorrer”, detalhou. A atitude dela é defendida pelo secretário estadual de Saúde, Antônio Carlos Figueira. “É preciso aumentar a vigilância, mobilizar a população para ajudar no combate ao mosquito e qualificar a assistência médica, de modo que consigamos uma redução de pelo menos 10% nas mortes registradas”, afirmou.

Blog: O Povo com a Notícia