O jornalista Magno Martins fez uma
visita ao sertão, especialmente da área de Itaparica. Constatou que a
seca voltou de forma implacável. Floresta, o maior município daquela
região, onde o mesmo fez um seminário na quinta feira (3) sobre Revolução Digital,
arde em chamas. Açudes, barreiros e barragens secaram, literalmente. O calor
está insuportável. À sombra, 42 graus! As chuvas que caíram na invernada no
sertão praticamente não chegaram a Floresta, que se transformou numa floresta
cinza, de solo esturricado. Até os pássaros abandonaram a caatinga. Ao longo do
percurso entre Ibimirim e Floresta, de 100 quilômetros, encontrou um
cenário de horror: gente esfomeada, sedenta e gado morto. “ Até os jumentos estão
morrendo de fome”, relata José Antônio da Silva, do Sítio Mulungu, para quem o
período mais grave e angustiante ainda está por vir, que vai do final deste mês
ao final de dezembro. O gado, sem pasto, estava sobrevivendo do milho
subsidiado da CONAB, mas a presidente Dilma Rousseff não renovou a
portaria, que venceu terça-feira passada. O clima na região é de tristeza e
angústia. A prefeita de Floresta, Rorró Maniçoba (PSB), diz que o seu gabinete
virou uma romaria de pedintes. “ Este ano, praticamente não choveu nada.
Estamos levando água para a zona rural através de carros pipas e do jeito que
vai, se o governo não ajudar os criadores, muito gado vai morrer”, disse rorró.
Com informações do Blog Magno Martins.
Blog O Povo com a Notícia