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domingo, 27 de abril de 2014

Sindicatos acusam Armando Monteiro de votar contra os trabalhadores

sindicatos
O grupo de centrais sindicais alinhadas à candidatura do ex-secretário da Fazenda Paulo Câmara (PSB) divulgou na manhã deste sábado (26) um documento que acusa o senador Armando Monteiro (PTB), adversário do PSB na disputa pelo Governo do Estado, de votar contra os trabalhadores no Congresso Nacional. O ato deste sábado marcou a adesão ao PSB das Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), a Central Geral dos Trabalhadores (CGT) e a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).

A lista, elaborada com dados do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), aponta 28 votações de interesse trabalhista no Senado e aponta que o petebista só votou pela categoria em duas delas: a regulamentação da Emenda 29, que define a aplicação mínima de recursos para a Saúde; e o projeto que elimina a pena de aposentadoria compulsória dos magistrados incriminados por irregularidades.

Na lista, há também três votações em que Armando se declarou ausente e outras três em que não votou. Além disso, a votação do novo Código Florestal foi descrita no material como “sem qualificação de voto”. O material foi endossado pela chapa. “Todas as verdades que precisavam ser ditas foram ditas aí”, afirmou o deputado federal Raul Henry (PMDB), que será vice de Câmara.
PATRÃO – Durante os discursos deste sábado, os líderes sindicais e os integrantes da chapa do PSB voltaram a associar o termo “patrão” ao nome de Armando, que é ex-presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A palavra era encontrada, inclusive, em um dos banners no local.
“Eu consigo acreditar que existem líderes sindicais apoiando o outro candidato. O difícil é acreditar que tem trabalhador apoiando quem acha que é patrão”, afirmou o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), com um dos discursos mais ácidos do ato. “Do lado de cá não tem gente acostumada a estar na Casa Grande e tratar o trabalhador como se estivesse na senzala”, disse ainda o prefeito.
Sobraram críticas inclusive às entidades sindicais que já declararam apoio ao senador do PTB. “Os legítimos representantes dos trabalhadores estão aqui hoje”, disse Marco Sérgio, que presidiu a Força Sindical antes de Aldo Amaral, aliado de Armando. Três sindicados da central declararam apoio a Paulo Câmara: dos Estivadores, dos Conferentes e dos Hoteleiros.
Presidente da Nova Central, Israel Torres afirmou que a entidade precisa denunciar a postura do petebista no Congresso em todo o Estado. “Alguns que se dizem sindicalistas estão apoiando um grande empresário”, atacou.
Em sua fala, o prefeito Geraldo Julio defendeu os “sindicalistas de verdade”. Vice-líder do governo na Câmara do Recife, o vereador Marco Aurélio (Soliriedade) engrossou o coro. “O que nos faz estar junto aqui não é uma relação de patrão e empregado”, disse.
( Do Blog do Jamildo )

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