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sábado, 2 de agosto de 2014

OPINIÃO: No jogo político-partidário, quem tem besta não compra cavalo

O adágio popular afirmou: “quem tem besta não compra cavalo.” Nessa perspectiva, temos o cavalo, que geralmente é de alto custo, tanto na aquisição quanto na manutenção. Enquanto, a besta é muito mais acessível ao bolso. Em sua aceitação da rude albarda e da aptidão pelo trabalho árduo, a besta é sempre de grande utilidade.
Trabalhando de maneira instintiva mantém a estabilidade gerando lucros; a máquina sempre funciona bem com a besta. Muitas vezes o ralo pasto encontrado naturalmente é suficiente para garantir a sua sobrevivência. Adapta-se facilmente, habitua-se.
O costume sempre exerce um grande poder sobre todos, causa um hábito obtuso, como acontece com a besta domesticada pelo chicote. Acostuma-se a qualquer coisa, ficamos vulneráveis. Assim, também se tornou natural exibir bottons e adesivos com figuras e números de políticos, numa fidelidade desastrosa, quase sempre a baixo custo tal como a besta de carga.
O servilismo em sua esterilidade não se conteve com as pinturas nos muros, com as pessoas e carros como outdoor. Fazem carreatas em troca de combustíveis, ou somente para externar orgulhosamente o seu caráter padronizado – faço o que todos fazem.

Também, encontramos figuras estáticas sob um sol causticante, segurando bandeiras em troca de uma bagatela de 30 reais. Certamente, esse é apenas mais um lúgubre meio de arrecadar um trocado, e manter a esterilidade tal como o burro; dá miséria se produz mais miséria. Todavia, aos olhos do “grande homem público,” não me parece que isso passou despercebido. Certos comportamentos nunca serão julgados como injustos, no utilitarismo das bestas.
Os ufanistas sempre exalta a coisa amada, estando em qualquer forma de governo descrito por Aristóteles. No passado, os epirotas adoraram o dedo do rei Pirro, afirmando curar doenças e fazer milagres. Forjando a patranha, o próprio povo acreditava nessas mentiras por eles inventadas. Certamente ultrapassou bem mais que os trezentos anos previstos para a reminiscência da despótica dinastia de Inocêncio.
Todavia, quem viver verá. E nessa antinomia, como afirmava a sabedoria popular: quem tem bestas, jamais gasta com cavalos. (Por Luciano Menezes, Historiador/Farol de Notícias)

Blog: O Povo com a Notícia